Veja as supostas festas ilegais que ameaçam futuro de Boris Johnson

Uma festa de Natal, uma confraternização de despedida, vinho e queijo ao sol... O governo de Boris Johnson é acusado de celebrar uma dezena de festas em pleno confinamento pela pandemia da covid-19, que agora são alvo de uma investigação da Scotland Yard.

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Uma foto publicada pela imprensa mostra o primeiro-ministro, sua agora esposa (então noiva), Carrie, e colaboradores do governo saboreando queijos e vinhos no jardim de Downing Street.

O país estava em meio ao primeiro confinamento, e os encontros sociais estavam proibidos. Johnson alegou que se tratava de "pessoas no trabalho, falando de trabalho".

Cerca de 100 pessoas são convidadas, por um e-mail enviado pelo secretário particular do primeiro-ministro, Martin Reynolds, para "aproveitar o bom tempo", tomando algumas bebidas "com distanciamento social" nos jardins da residência oficial.

Naquele momento, os britânicos podiam se encontrar apenas com uma pessoa, ao ar livre e em um local público.

Estima-se que 40 pessoas compareceram, entre elas Boris Johnson e Carrie.

Johnson participa de uma festa surpresa de aniversário organizada em sua homenagem em Downing Street. Cerca de 30 pessoas estiveram no evento, segundo o canal ITV. Uma porta-voz afirma que o primeiro-ministro ficou "por menos de dez minutos" nessa "breve reunião" de sua equipe.

A imprensa fala de uma festa com colaboradores na residência oficial de Johnson. O dirigente alega que "as normas foram cumpridas o tempo todo". Nesse momento, o Reino Unido estava em seu segundo confinamento.

Testemunhas anônimas citadas pela imprensa afirmam que, apesar do confinamento, aconteceu uma festa de despedida para uma funcionária de Downing Street. Nela, o primeiro-ministro teria, inclusive, discursado. O encontro teria reunido cerca de 50 pessoas em uma sala.

O Ministério da Educação confirmou que, em 10 de dezembro, celebrou uma festa, na qual cerca de 20 pessoas se reuniram para tomar "bebidas e canapés". Depois do fim do segundo confinamento na Inglaterra, Londres ainda aplicava restrições que proibiam pessoas de casas diferentes de se reunirem em espaços fechados.

Após a publicação de uma foto na imprensa, o Partido Conservador admitiu a celebração de uma festa não autorizada em sua sede de Londres, organizada pela equipe do então candidato à prefeitura de Londres, Shaun Bailey. Depois disso, ele renunciou como presidente da comissão de polícia e crime da prefeitura de Londres.

O jornal Sunday Mirror publica uma foto do primeiro-ministro ao lado de dois assessores, participando de um concurso de perguntas online. Downing Street admitiu que o dirigente participou "brevemente" do ato, destacando que era virtual.

O Ministério de Transportes pediu desculpas por uma festa de Natal "inadequada" celebrada em seus escritórios.

Uma colaboradora próxima de Johnson renunciou ao cargo, após brincar em um vídeo que viralizou sobre uma festa de Natal à qual teriam comparecido cerca de 40 pessoas nesse dia, em Downing Street.

O primeiro-ministro disse que estava "furioso" e que, desde que o assunto começou, foi "garantido repetidamente" que "não aconteceu nenhuma festa" e que "nenhuma regra" foi violada.

Segundo o jornal Daily Telegraph, duas reuniões de despedida "com álcool" foram organizadas em Downing Street na véspera dos funerais do príncipe Philip, esposo da rainha Elizabeth II, que sentou-se sozinha, distante de seus familiares e amigos, no funeral na capela do Castelo de Windsor.

Boris Johnson afirma que não esteve presente nessas reuniões, nas quais o álcool foi levado clandestinamente em uma mala, porque estava em sua casa de campo em Chequers.

Downing Street pediu desculpas à rainha.

O Mirror afirma que, todas as sextas-feiras, os funcionários de Downing Street terminavam sua semana de trabalho compartilhando uma garrafa de vinho, uma "tradição de longa data" que continuou mesmo com a pandemia.

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