EUA sanciona cinco norte-coreanos após lançamento de mísseis por Pyongyang

Os Estados Unidos impuseram nesta quarta-feira (12) sanções financeiras a cinco norte-coreanos vinculados ao programa de mísseis balísticos do país, um dia depois que Pyongyang anunciou o lançamento de um míssil hipersónico.

O Departamento do Tesouro disse que as cinco pessoas sancionadas são "responsáveis por adquirir bens para os programas de armas de destruição em massa (da Coreia do Norte) e relacionados com mísseis balísticos".

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As medidas "apontam contra o uso contínuo de representantes no exterior para comprar ilegalmente bens para armas", disse o subsecretário do Tesouro para Terrorismo e Inteligência financeira, Brian Nelson, em um comunicado.

"Os últimos lançamentos de mísseis da Coreia do Norte representam mais uma prova de que continua desenvolvendo seus programas proibidos, apesar dos apelos da comunidade internacional a favor da diplomacia e da desnuclearização", afirmou Nelson.

Os jornais estatais da Coreia do Norte informaram nesta quarta-feira que o líder do país, Kim Jong Un, supervisionou pessoalmente o teste bem-sucedido do míssil hipersônico, o segundo lançamento deste tipo por parte da nação com armas nucleares em menos de uma semana.

A agência estatal de notícias norte-coreana KCNA disse que o teste mais recente "confirmou ainda mais" a "excelente gestão da unidade de combate hipersônico". Afirmou que alcançou com precisão um alvo a cerca de 1.000 quilômetros de distância.

O Departamento do Tesouro disse que as sanções foram impostas "após seis lançamentos de mísseis balísticos (da Coreia do Norte) desde setembro de 2021, dos quais cada um violou múltiplas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas".

"Os Estados Unidos seguem comprometidos em buscar o diálogo e a diplomacia com (Coreia do Norte), mas continuarão abordando a ameaça representada pelos programas de armas ilegais (norte-coreanos) para os Estados Unidos e a comunidade internacional", afirmou.

O governo americano de Joe Biden se ofereceu repetidamente para iniciar um diálogo sobre a nuclearização, mas sua oferta não recebeu resposta em um ano.

Um dos norte-coreanos sancionados, Choe Myong Hyon, tem sua base na Rússia e está vinculado a uma instituição norte-coreana, a SANS, já sancionada pelo seu envolvimento no desenvolvimento de armas por parte da Coreia do Norte. Os outros quatro, Sim Kwang Sok, Kim Song Hun, Kang Chol Hak e Pyon Kwang Chol, vinculados a esta mesma instituição, têm sua sede na China.

Ao mesmo tempo, o Tesouro americano sancionou o norte-coreano O Yong Ho, o russo Roman Anatolievich Alar e a entidade russa Parsek por "atividades ou transações que contribuíram materialmente para a proliferação de armas de destruição em massa" por parte da Coreia do Norte.

As sanções do Tesouro proíbem qualquer transação por parte de cidadãos americanos com as pessoas designadas e as empresas estrangeiras que se relacionem com elas também poderiam estar sujeitas a sanções.

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