Três presos na Índia por falso leilão de mulheres muçulmanas

Três jovens indianos acusados de criar um aplicativo de leilão falso anunciando a venda de mulheres muçulmanas proeminentes foram presos, informou a polícia nesta quarta-feira (5).

O aplicativo "Bulli Bai" apresentava fotos de mais de 100 mulheres - entre elas várias jornalistas e ativistas de causas relacionadas aos muçulmanos na Índia - junto com mensagens depreciativas.

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A polícia indicou que uma mulher de 18 anos e dois homens na casa dos 20 foram detidos como resultado da investigação.

"Fotos de algumas mulheres pertencentes a uma comunidade específica foram carregadas e mensagens questionáveis também foram postadas", disse o comissário de Mumbai, Hemant Nagrale, a repórteres, acrescentando que a polícia não deu mais detalhes sobre o caso até o momento.

Membros da minoria muçulmana da Índia denunciaram as crescentes tentativas de atacar ou marginalizar suas comunidades nos últimos anos.

As mulheres cujas imagens apareceram no aplicativo expressaram sua consternação nas redes sociais.

"É assim que somos recebidas e tratadas na Índia no primeiro dia do ano. Enquanto isso, outras pessoas do meu país estão se divertindo, brincando e comemorando", tuitou a poetisa Nabiya Khan no fim de semana. "Ninguém merece ser agredido, humilhado, comprado ou vendido", frisou.

ash-grk/gle/axn/mab/js/ap

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religião política Mulheres internet India

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