Quatro pessoas são julgadas por derrubar estátua de traficante de escravos

Quatro pessoas começam a ser julgadas nesta segunda-feira (13) em Bristol, no sudoeste da Inglaterra, por terem derrubado a estátua do traficante de escravos britânico Edward Colston, uma figura proeminente na cidade, durante os protestos do movimento Black Lives Matter.

Em 7 de junho de 2020, a polêmica estátua foi derrubada e jogada no rio Avon, que atravessa Bristol, durante manifestações contra o racismo, após a morte, em maio, de George Floyd, um americano negro assassinado por um policial branco.

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Quatro pessoas, de 21, 25, 29 e 36 anos, foram presas pelo episódio e indiciadas por danos criminais. As quatro se declararam inocentes em janeiro.

Dando-lhes seu apoio, o artista urbano Banksy, natural desta cidade, pôs à venda algumas camisetas à venda no sábado. Segundo ele, "todo dinheiro arrecadado será destinado aos acusados para que tomem uma cerveja".

Colston fez fortuna com o comércio de escravos. Entre 1672 e 1689, teria vendido na América cerca de 100.000 escravos procedentes da África Ocidental, antes de usar sua fortuna para financiar o desenvolvimento de Bristol. Durante muito tempo, isso valeu a ele a reputação de filantropo.

Sua estátua foi recuperada do rio pelas autoridades locais.

Um ano após ser derrubada, o objeto foi o centro de uma exposição temporária em Bristol sobre o nascimento do movimento Black Lives Matter no Reino Unido. Nesse contexto, duas escolas e um teatro até então com o nome de Colston foram rebatizados em Bristol.

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racismo história escravidão George Floyd Banksy

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