Morre a atriz Verónica Forqué, estrela de filmes de Almodóvar

Ela trabalhou com Carlos Saura e Manuel Gutiérrez Aragón, antes de fazer sucesso no filme de Pedro Almodóvar, "Que fiz eu para merecer isto?"

A atriz espanhola Verónica Forqué, que trabalhou com o aclamado Pedro Almodóvar, entre outros, foi encontrada morta nesta segunda-feira (13) em sua casa de Madri.

Filha do diretor José María Forqué, Verónica nasceu em 1955, em Madri. Começou a trabalhar no cinema atuando nos filmes do pai, no início dos anos 1970.

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Sua estreia, ainda quase adolescente, foi em 1972, com "Minha querida moça", de Jaime de Armiñán. Nos primeiros anos de sua carreira, além de rodar sob a direção do pai, também trabalhou com Carlos Saura e Manuel Gutiérrez Aragón, dois dos grandes cineastas espanhóis.

Foi em 1984, porém, no elenco do filme de Pedro Almodóvar "Que fiz eu para merecer isto?", que Verónica Forqué alcançou popularidade. Com Almodóvar, repetiu o sucesso nos filmes "Matador" (1986) e "Kika" (1993), estabelecendo-se como uma das atrizes mais prolíficas e amadas pelo público espanhol.

Ao saber de sua morte, a produtora de Almodóvar, El Deseo, divulgou uma mensagem, na qual manifestou sua tristeza: "O vazio que isso deixa em nossas vidas e no nosso cinema é irrecuperável. Foi-se uma atriz extraordinária e uma pessoa insubstituível com quem tivemos a honra de trabalhar e compartilhar a vida. Faça uma boa viagem, Verónica".

"Adeus, Verónica Forqué. Trabalhei há anos com ela, e minha lembrança é a de uma mulher doce, espiritual e boa companheira. D.E.P", declarou o ator espanhol Antonio Banderas no Twitter.

Verónica Forqué está ligada ao cinema espanhol dos anos 1980 e 1990, muitas vezes irreverente e festivo, da transição política. Tinha talento para o drama e para a comédia, o que a tornava uma das atrizes mais queridas da Espanha.

"Sei que as pessoas me amam. É algo que valorizo muito, que cuido, porque é um presente precioso. Não sou uma pessoa complicada e acho que tenho um bom caráter", declarou a atriz, em entrevista ao jornal El País em 2019.

Em um tuíte de despedida, a Academia de Cinema Espanhola descreveu-a como "um rosto essencial do cinema espanhol nas últimas décadas".

"Uma atriz brilhante e uma pessoa encantadora nos deixa. Foi maravilhoso poder conhecê-la", disse Pablo Iglesias, ex-vice-presidente de governo e ex-líder da formação Podemos (esquerda), no Twitter.

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