Nova York vai permitir voto de imigrantes sem cidadania americana

Autor DW Tipo Notícia

Medida aprovada pela Câmara Municipal pode beneficiar 800 mil estrangeiros com residência legal na cidade, que terão direito de votar em pleitos locais. Projeto não inclui estrangeiros em situação ilegal.A Câmara Municipal de Nova York aprovou na quinta-feira (09/12) um projeto que vai permitir que imigrantes que não tenham cidadania americana possam votar nas eleições municipais. É primeira grande metrópole dos Estados Unidos a aprovar uma iniciativa desse tipo. A lei, aprovada por 33 votos contra 14 e duas abstenções, permitirá que estrangeiros com residência permanente (portadores do "green card) e pessoas com vistos de trabalho que residam em Nova York e não tenham cidadania americana participem das eleições municipais. Pessoas que moram ilegalmente não poderão votar, segundo as regras. E quem violar a medida arrisca pagar 500 dólares de multa e cumprir um ano de prisão. Apenas um veto do prefeito Bill de Blasio pode impedir que a medida se transforme em lei, mas o democrata já disse que não pretende barrar a nova legislação. Vários vereadores democratas saudaram a votação histórica, assim como associações para a defesa dos direitos dos imigrantes. Já os republicanos criticaram a medida. "A Câmara Municipal de Nova York está fazendo História. Espero que outras cidades do país e do exterior estejam vendo isso", disse o vereador Ydanis Rodríguez, que é de origem dominicana e foi o autor do projeto de lei. A medida pode beneficiar mais de 800 mil estrangeiros que vivem em Nova York, cidade que tem cerca de nove milhões de habitantes. A capital cultural e econômica da costa leste dos EUA é um bastião democrata e progressista, e adotou a medida em um momento em que os debates sobre a imigração e o direito de voto passam por momentos tensos no país. Vários estados dos EUA dominados por republicaram tomaram medidas nos últimos meses restringir os direitos de voto das minorias, citando as alegações infundadas de fraude na eleição presidencial de 2020. jps (AFP, ots)

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