Chinês é condenado à pena de morte por atear fogo à esposa ao vivo

Em um dia de setembro de 2020, enquanto fazia um vídeo ao vivo na rede social, o ex-marido de Amuchu a encharcou de gasolina e a incendiou

Um chinês que matou sua ex-mulher, ateando-lhe fogo ao vivo, enquanto ela falava nas redes sociais, foi condenado à morte - informou a Justiça nesta quinta-feira (14).

 

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Amuchu, uma blogueira tibetana de 30 anos, tinha dezenas de milhares de seguidores na rede social Douyin, o equivalente chinês do TikTok. Postava vídeos seus caminhando, cozinhando, ou cantando de traje tradicional tibetano.

 

Em um dia de setembro de 2020, enquanto fazia um vídeo ao vivo na rede social, seu ex-marido a encharcou de gasolina e a incendiou.

 

A blogueira não resistiu aos graves ferimentos e morreu duas semanas depois no hospital. Sua morte gerou uma onda de indignação na China e abriu um debate sobre a violência contra as mulheres.

 

Amuchu havia-se divorciado do marido violento três meses antes. Este último foi condenado à pena de morte por homicídio premeditado.

 

Seu crime "mostrou uma crueldade extrema, e seu impacto na sociedade foi terrivelmente ruim", disse o tribunal em um comunicado.

 

Depois de sua morte, milhões de internautas exigiram justiça para Amuchu nas redes sociais, usando uma "hashtag", posteriormente censurado pelas autoridades.

 

O regime comunista começou a punir casos de violência doméstica em 2016. Uma em cada quatro mulheres chinesas foi vítima deste tipo de violência pelo menos uma vez na vida, de acordo com um estudo publicado em 2013 pela Federação das Mulheres da China.

 

Recentemente, a China alterou sua lei de divórcio para introduzir um período de espera de um mês antes de permitir a separação. Em tese, a medida se destina a combater divórcios impulsivos. A reforma foi criticada, porém, porque muitos acreditam que ela pode manter as vítimas nas mãos de cônjuges violentos.

 


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