UE promete apoio ao Afeganistão, com foco humanitário, mas exige compromisso

Autoridades da União Europeia afirmaram, após reunião virtual de líderes do G-7, que podem apoiar o Afeganistão, com foco em ajuda humanitária, mas ressaltaram que o país precisa manter um compromisso de luta contra o terrorismo e também garantir questões de direitos humanos e das mulheres. As declarações foram dadas durante entrevista coletiva nesta terça-feira para discutir o quadro atual em solo afegão, com a retirada norte-americana e a volta do Taleban ao poder, em meio a uma grande fuga de pessoas por questões humanitárias, temendo o quadro local.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, qualificou a ajuda ao povo afegão como um "dever moral" e disse que essa é a visão do G-7 sobre o assunto.
A reunião entre as lideranças discutiu o apoio de longo prazo ao país, garantiu. A autoridade disse ainda que a maior parte do pessoal da UE, incluindo pessoal local, já foi retirada do país.
Também presente na coletiva, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, ressaltou que o regime afegão precisa continuar a ter como "parâmetro claro" a luta contra o terrorismo, a fim de receber a ajuda do bloco.
Von der Leyen disse que a UE está elevando seu orçamento com essa finalidade, com foco não apenas no próprio Afeganistão, mas também em países vizinhos afetados pela retirada humanitária.
Michel disse ainda que, na reunião do G-7, foi pedido aos EUA que garantam a segurança do aeroporto de Cabul "pelo tempo que for necessário".
Já Von der Leyen, em outro momento, defendeu uma abordagem global coordenada para questões de refúgio de pessoas vindas do Afeganistão.

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