Assassinado promotor mexicano que investigava crimes de milícia
Gregorio Pérez Gómez foi encontrado morto na noite de ontem, em seu carro, em uma avenida do município de San Cristóbal de las Casas, informou a Promotoria de Chiapas em um comunicado.
A Promotoria do estado mexicano de Chiapas (sul) informou na terça-feira (10) o assassinato de seu promotor de Justiça Indígena, que investigava "atos violentos" relacionados ao surgimento de um grupo de autodefesa denominado "El Machete".
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Gregorio Pérez Gómez foi encontrado morto na noite de ontem, em seu carro, em uma avenida do município de San Cristóbal de las Casas, informou a Promotoria de Chiapas em um comunicado.
O promotor de Justiça Indígena "estava responsável pelas investigações dos fatos violentos ocorridos no município de Pantelhó", acrescentou.
Na última sexta-feira, 6 de agosto, Pérez participou de uma mesa de diálogo que os governos federal e estadual mantêm em Pantelhó com uma comissão de 86 comunidades.
Em 7 de julho, vários homens armados invadiram a sede do município de Pantelhó, após um confronto armado contra um grupo adversário, que deixou milhares de deslocados da etnia tsotsil.
Dos policiais e militares que entraram na comunidade neste mesmo dia, nove ficaram feridos.
Três dias depois, o grupo de autodefesa "El Machete" assumiu a responsabilidade por essa violenta incursão. Em nota, declarou que busca "expulsar os assassinos, narcotraficantes e o crime organizado".
Os movimentos de autodefesa proliferaram no país a partir da década de 1990, principalmente no estado de Guerrero, ao sul.
No início de julho, em Michoacán (oeste), dezenas de pessoas que se dizem plantadores de abacate decidiram pegar em armas para se defender do crime organizado.