Após reunião na Casa Branca, Biden e Merkel dizem que China ameaça democracia

Após uma reunião na Casa Branca nesta quinta-feira, 15, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disseram que a China ameaça a democracia no mundo. Em coletiva de imprensa, os líderes também reforçaram a unidade dos dois governos para lidar com os desafios globais.

Merkel concordou com a afirmação de Biden de que a China compete com ambos os países em diversas áreas. A alemã também disse que apoia os EUA na defesa dos direitos humanos.

Segundo a chanceler, Berlim e Washington precisam liderar a competição global na área de tecnologia. Ela destacou os investimentos recentes dos dois governos na produção de chips semicondutores, cuja escassez tem afetado as cadeias globais de suprimentos.

O chefe da Casa Branca disse que uma declaração sobre princípios democráticos foi assinada por Merkel e ele durante a visita da alemã à Casa Branca. Ao mencionar a China, o presidente americano afirmou que a situação em Hong Kong tem se deteriorado. "O governo chinês não cumpre o acordado", declarou Biden, em referência à relativa independência que Pequim costumava dar aos representantes da ilha.

O democrata também reforçou o apoio contínuo dos EUA à soberania da Ucrânia, que tem enfrentado tensões com a Rússia. A posição de Biden sobre o conflito no leste europeu foi apoiada por Merkel. A alemã disse que seu governo vai agir juntamente com Washington em caso de violação da soberania da Ucrânia.

Questionado sobre o gasoduto Nord Stream 2, o americano expressou desconforto com a obra, que vai da Alemanha à Rússia, mas disse que a construção já estava avançada no momento em que ele assumiu a presidência dos EUA. Ainda assim, Biden disse querer ajudar na soberania energética europeia.

As questões climáticas foram citadas uma série de vezes pelos líderes. Biden afirmou que o tema é um ponto de acordo entre Washington e Berlim. Merkel ressaltou que ambos concordaram sobre um projeto global de infraestrutura com foco no clima, algo que havia sido discutido no G7.

A alemã disse que é preciso fazer "todo o possível" para se alcançar uma acordo nuclear com o Irã, mas sugeriu que no momento a decisão está nas mãos do país persa.

Os dois líderes reforçaram a necessidade da vacinação global contra a covid-19, e Merkel citou uma tentativa de aumentar a produção de imunizantes e apoiar a iniciativa Covax. Sobre restrições de viagens, a chanceler disse que a Alemanha avalia o impacto da variante delta do coronavírus antes de tomar qualquer decisão.

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