Reino Unido se prepara para retomar eventos e testar passaporte de vacinas
A previsão é de que no primeiro teste haja 4 mil pessoas no estádio, que tem capacidade para 90 mil. No segundo caso, poderão participar até 21 mil pessoasO Reino Unido se prepara para testar uma série de medidas que vão permitir a retomada de algumas atividades no país após o pico da pandemia da Covid-19. Dentre elas, autoridades propõem a testagem das pessoas nas entradas e saídas de eventos esportivos, shows e boates. Além disso, há a ideia do "passaporte Covid-19", que deve mostrar se a pessoa já recebeu alguma dose da vacina e o histórico de testes negativos ou positivos.
A proposta do passaporte está sendo debatida em todo o mundo, inclusive nos Estados Unidos e em Israel. A crítica é sobre a privacidade médica das pessoas e também sobre a possibilidade de discriminação de pessoas e nações mais pobres, que não têm acesso imediato às vacinas.
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AssineDezenas de políticos britânicos, incluindo alguns do próprio Partido do primeiro-ministro, Boris Johnson, são contrários a essas medidas. O ministro Michael Gove, que liderou a força-tarefa responsável pela elaboração dos planos, reconheceu que os passaportes para vacinas levantaram "uma série de questões práticas e éticas" que precisavam ser resolvidas antes de qualquer implementação mais ampla.
Mas o ministro dos esportes do Reino Unido, Nigel Huddleston, enfatiza que "os primeiros pilotos quase certamente não envolverão nenhum elemento de certificação", mas envolverão testes antes e depois dos eventos. Segundo ele, Johnson deve dar mais detalhes sobre os passaportes do coronavírus amanhã.
Os primeiros eventos que funcionarão desta forma serão a semifinal da FA Cup, programada para o fim do mês no Wembley Stadium, em Londres, e a final do evento, que vai ocorrer em 15 de maio. A previsão é de que no primeiro teste haja 4 mil pessoas no estádio, que tem capacidade para 90 mil. No segundo caso, poderão participar até 21 mil pessoas.
Também nesta semana, o governo deve definir maneiras de flexibilizar as restrições a viagens internacionais. Na semana passada, o Reino Unido adicionou mais quatro países à sua lista vermelha de proibições de viagens. Em 9 de abril, a lista vermelha do Reino Unido deve ter até 39 países. O objetivo é evitar que mais variantes do vírus - especialmente aquelas detectadas pela primeira vez no Brasil e na África do Sul - cheguem ao território britânico.
As autoridades dizem que cerca de 47% da população do país recebeu a primeira dose da vacina contra o coronavírus, e mais de 5 milhões de pessoas receberam a segunda dose. Apesar do sucesso na vacinação, a Grã-Bretanha ainda tem o maior número de mortes por Covid-19 da Europa, em torno de 127 mil.
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