Em Israel, ministro Ernesto Araújo é repreendido por não estar de máscara durante cerimônia

"Nós precisamos que coloque a máscara", disse o apresentador ao chanceler brasileiro, pouco antes da foto com o diplomata, durante a cerimônia em Isral

Em Israel, onde participa de visita oficial, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, foi repreendido publicamente por não usar máscara, durante uma cerimônia com o chanceler israelense Gabi Ashkenazi. Uma comitiva brasileira foi ao país para conhecer testes preliminares de uma droga contra a Covid.

Araújo já havia encerrado sua fala, durante uma entrevista, quando o mestre de cerimônias chamou as duas autoridades para a foto oficial. O ministro brasileiro se aproximou do ministro israelense, este já de máscara, quando foi cobrado pelo apresentador: "Nós precisamos que coloque a máscara"

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No embarque em Brasília, no sábado, 6, a comitiva posou toda sem máscara ao lado do presidente da República, Jair Bolsonaro - que não foi a Israel. Em solo israelense, todos do grupo optaram por respeitar a regra e adotaram a máscara de proteção.

O governo brasileiro, através de declarações do presidente Jair Bolsonaro, demonstrou interesse no spray nasal EXO-CD 2, que tem eficácia contestada contra a covid-19. Seria o principal interesse na ida ao país do Oriente Médio. Também irão verificar desenvolvimento de vacinas e de um medicamento, em dois centros de pesquisa.

Parcerias

Em declarações dadas durante a programação oficial da viagem, o ministro Ernesto Araújo defendeu neste domingo, 7, que o Brasil feche parcerias com Israel para o desenvolvimento de vacinas e remédios para combater a pandemia da covid-19.

 

Num pronunciamento após reunião com o chanceler Gabi Ashkenazi, primeiro compromisso oficial da comitiva brasileira, Araújo reconheceu que Israel “dá exemplo de vacinação” e está “liderando o caminho no combate à pandemia”.

“Queremos ser parceiros no desenvolvimento de vacinas e de remédios que possam tanto tratar como prevenir contra a covid”, disse Araújo. Ele disse que o Brasil “tem iniciativas interessantes” na área, sem dar mais detalhes.

Em sua fala, o chanceler israelense disse estar ciente do momento difícil pelo qual passa o Brasil em relação à pandemia, e disse que seu país “fará todo o possível” para ajudar. Israel é líder mundial em vacinação, já tendo vacinado ao menos metade da população com o imunizante da Pfizer/BioNtech.

Os dois chanceleres também discutiram outros assuntos, entre os quais o combate ao terrorismo. “Por muito tempo foi muito mais uma questão de somente dizer que repudiamos o terrorismo. Agora queremos agir contra ele, e não fingir que não existe em nossa região”, disse Araújo.

Agenda

De acordo com o Itamaraty, o ministro das Relações Exteriores brasileiro deve se reunir nesta segunda, 8, com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Estão previstos encontros da comitiva brasileira com dirigentes do Centro Médico Sourasky (conhecido como Hospital Ichilov), que estuda a eficácia do spray nasal EXO-CD 24 contra a covid-19. O interesse do Brasil pelo tratamento foi divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro no mês passado.   

Há encontros previstos também com representantes do Instituto Weizman de Ciência, que estuda o desenvolvimento de vacinas contra a covid-19, e do Centro de Pesquisa do Hospital Hadassah, que estuda o uso do medicamento Allocetra no tratamento da doença.

Integram a comitiva o secretário especial de Comunicação Social, Fábio Wajngarten; o assessor especial da Presidência Filipe Martins; os deputados Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Hélio Lopes (PSL-RJ); o embaixador Kenneth Félix Haczynski da Nóbrega; o secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto; e o secretário de Políticas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, Marcelo Marcos Morales.

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