Estudo preliminar mostra resultados positivos da vacina experimental para Covid-19 da Pfizer e BioNTech
Apesar da verificação de uma resposta imune, efeitos colaterais foram relatados em ao menos 50% dos pacientes que receberam uma segunda doseUm estudo preliminar publicado nesta quarta-feira, 1º, pelo portal MedRXiv, aponta que a vacina experimental contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica multinacional Pfizer em parceria com empresa de biotecnologia BioNTech apresentou resultados positivos. Segundo informações do jornal O Estado de S.Paulo, a vacina estimulou a resposta imune em adultos saudáveis entre 18 e 55 anos, porém, causou efeitos colaterais em doses mais altas.
O MedRXiv é uma plataforma que disponibiliza estudos ainda não revisados ou publicados por revistas especializadas. Apesar da verificação de uma resposta imune, efeitos colaterais como febre, dor de cabeça e fadiga foram relatados em ao menos 50% dos pacientes que receberam uma segunda dose. Os sintomas se manifestaram, geralmente, de forma leve e transitória.
A maioria das reações atingiu o pico dois dias após a aplicação da vacina e foi dissipada no sétimo dia, segundo o estudo, que envolve, além das empresas citadas, especialistas das universidades de Nova York, de Maryland, do Texas e outros centros de pesquisa.
Seja assinante O POVO+
Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.
AssineA BioNTech afirmou que os testes de duas dosagens da vacina "BNT162b1" em 24 voluntários saudáveis mostraram que, após 28 dias, os pacientes desenvolveram níveis mais altos de anticorpos para Covid-19 do que os normalmente observados em pessoas infectadas.
A mais alta entre as duas doses, ambas administradas em duas injeções com diferença de três semanas, foi seguida por uma febre curta em três dos quatro participantes após a segunda aplicação. Uma terceira dosagem, testada em uma concentração mais alta em um grupo separado, não foi repetida devido à dor da injeção.
"Esses primeiros resultados de testes mostram que a vacina produz atividade imune e causa uma forte resposta", disse o co-fundador e CEO da BioNTech, Ugur Sahin. Ele afirmou ainda que estão sendo preparados ensaios mais amplos para confirmar se isso se traduz em proteção contra uma infecção real.
A Pfizer diz que "caso o estudo de segurança e eficácia seja bem-sucedido e a vacina receba aprovação regulamentar, as empresas esperam fabricar até 100 milhões de doses até o final de 2020 e potencialmente mais de 1,2 bilhão de doses até o final de 2021".
Imunidade a longo prazo
A análise, porém, reconhece que seu caráter é limitado, já que ainda não se sabe o nível de imunidade necessário para proteger o organismo da ação do novo coronavírus. O tempo para uma possível perda de anticorpos criados contra a Covid-19 também continua desconhecido.
"Esta análise não avaliou as respostas imunes ou a segurança após duas semanas de aplicação de uma segunda dose da vacina. Esses fatores são importantes para balizar a disponibilização para o público", pontua a íntegra da pesquisa.
Acesse a cobertura completa do Coronavírus >
Vacina mais avançada
No último sábado, 27, o Ministério da Saúde do Brasil anunciou uma parceria para a pesquisa e produção nacional da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford, do Reino Unido, e a farmacêutica AstraZeneca.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), esta é a vacina mais avançada em desenvolvimento contra a doença do Sars CoV-2. A vacina experimental "ChAdOx1 nCoV-19" iniciou os testes em humanos em estágio inicial da vacina em abril, tornando-a uma das poucas que alcançaram esse marco.
Com informações do portal G1
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente