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Estudo preliminar mostra resultados positivos da vacina experimental para Covid-19 da Pfizer e BioNTech

Apesar da verificação de uma resposta imune, efeitos colaterais foram relatados em ao menos 50% dos pacientes que receberam uma segunda dose
13:20 | Jul. 01, 2020
Autor Redação O POVO
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Um estudo preliminar publicado nesta quarta-feira, 1º, pelo portal MedRXiv, aponta que a vacina experimental contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica multinacional Pfizer em parceria com empresa de biotecnologia BioNTech apresentou resultados positivos. Segundo informações do jornal O Estado de S.Paulo, a vacina estimulou a resposta imune em adultos saudáveis entre 18 e 55 anos, porém, causou efeitos colaterais em doses mais altas.

O MedRXiv é uma plataforma que disponibiliza estudos ainda não revisados ou publicados por revistas especializadas. Apesar da verificação de uma resposta imune, efeitos colaterais como febre, dor de cabeça e fadiga foram relatados em ao menos 50% dos pacientes que receberam uma segunda dose. Os sintomas se manifestaram, geralmente, de forma leve e transitória.

A maioria das reações atingiu o pico dois dias após a aplicação da vacina e foi dissipada no sétimo dia, segundo o estudo, que envolve, além das empresas citadas, especialistas das universidades de Nova York, de Maryland, do Texas e outros centros de pesquisa.

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A BioNTech afirmou que os testes de duas dosagens da vacina "BNT162b1" em 24 voluntários saudáveis mostraram que, após 28 dias, os pacientes desenvolveram níveis mais altos de anticorpos para Covid-19 do que os normalmente observados em pessoas infectadas.

A mais alta entre as duas doses, ambas administradas em duas injeções com diferença de três semanas, foi seguida por uma febre curta em três dos quatro participantes após a segunda aplicação. Uma terceira dosagem, testada em uma concentração mais alta em um grupo separado, não foi repetida devido à dor da injeção.

"Esses primeiros resultados de testes mostram que a vacina produz atividade imune e causa uma forte resposta", disse o co-fundador e CEO da BioNTech, Ugur Sahin. Ele afirmou ainda que estão sendo preparados ensaios mais amplos para confirmar se isso se traduz em proteção contra uma infecção real.

A Pfizer diz que "caso o estudo de segurança e eficácia seja bem-sucedido e a vacina receba aprovação regulamentar, as empresas esperam fabricar até 100 milhões de doses até o final de 2020 e potencialmente mais de 1,2 bilhão de doses até o final de 2021".

Imunidade a longo prazo

A análise, porém, reconhece que seu caráter é limitado, já que ainda não se sabe o nível de imunidade necessário para proteger o organismo da ação do novo coronavírus. O tempo para uma possível perda de anticorpos criados contra a Covid-19 também continua desconhecido.

"Esta análise não avaliou as respostas imunes ou a segurança após duas semanas de aplicação de uma segunda dose da vacina. Esses fatores são importantes para balizar a disponibilização para o público", pontua a íntegra da pesquisa.

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Vacina mais avançada

No último sábado, 27, o Ministério da Saúde do Brasil anunciou uma parceria para a pesquisa e produção nacional da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford, do Reino Unido, e a farmacêutica AstraZeneca.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), esta é a vacina mais avançada em desenvolvimento contra a doença do Sars CoV-2. A vacina experimental "ChAdOx1 nCoV-19" iniciou os testes em humanos em estágio inicial da vacina em abril, tornando-a uma das poucas que alcançaram esse marco.

Com informações do portal G1

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