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Pesquisadores encontram evidência do uso de maconha há 2,5 mil anos

De acordo com os pesquisadores, foi detectada uma grande taxa de THC, componente da maconha responsável pelo agente psicoativo mais potente
21:35 | Jun. 12, 2019
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Estudo publicado na revista "Science Advances" desta quarta-feira, 12, revelou o uso de folhas da Cannabis durante queima em rituais religiosos há 2,5 mil anos. A pesquisa foi possível por meio de escavações arqueológicas, que retiraram dez objetos dos túmulos do cemitério Jirzankal, na cordilheira de Pamir, na China.

Após análise química constatou-se evidências do uso da planta em fragmentos de madeira e pedras queimadas, usados em cerimônia de passagem dos mortos das comunidades, como forma de tentar uma comunicação com espíritos passados.

De acordo com os pesquisadores, foi detectada uma grande taxa de THC, componente da maconha responsável pelo agente psicoativo mais potente. Antes disso, a única evidência do uso da cannabis por civilizações antigas era em documentos escritos.

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A pesquisa reforça a teoria de que a cannabis foi usada pela primeira vez em regiões montanhosas ao leste da Ásia. Os pesquisadores acreditam que em seguida a droga foi levada a outras regiões por meio da "Rota da Seda", percurso do comércio da seda entre Oriente e Europa. Apesar da cordilheira de Pamir estar localizada em uma área isolada, ela fazia parte do trajeto.

Além disso, os pesquisadores destacam a quantidade de THC encontrada, maior do que em versões selvagens da planta. A descoberta levantou duas teorias: a de que os chineses aumentavam o efeito psicoativa propositalmente ou que a grande altitude da região contribuía para esse aumento.

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