Participamos do

EUA alteram procedimentos na fronteira após morte de segunda criança

Alfândega argumenta que está revendo metodologia em relação à custódia de crianças tanto na chegada aos centros, quanto nas 24 horas após a chegada
21:14 | Dez. 26, 2018
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia
As autoridades norte-americanas anunciaram que vão fazer novos exames médicos em crianças que estão sob custódia, após a morte de um migrante de 8 anos, procedente da Guatemala. É o segundo caso de um menor que morre sob custódia dos Estados Unidos (EUA), depois de atravessar a fronteira ilegalmente. O governo da Guatemala exigiu uma investigação “clara” sobre as mortes.
  
“Esta é uma perda trágica”, disse Kevin K. McAleenan, responsável pela Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP, sigla em inglês de Customs and Border Protection). Representante da autoridade que vigia as fronteiras, McAleenan manifestou à família condolências pela morte de Felipe Alonzo-Gomez, um menino de 8 anos que morreu sob custódia do governo norte-americano na noite de Natal.
  
Nessa terça-feira, 25, o CBP anunciou em comunicado que realiza exames nas crianças com idade até 10 anos. A instituição argumenta que está revendo sua metodologia em relação à custódia dessas crianças, tanto na chegada aos centros, como 24 horas após a chegada.
  
Além disso, a Patrulha de Fronteira diz que trabalha com o Departamento de Imigração e Alfândega para o transporte para centros residenciais de Família e alta supervisionada. A agência examina as opções de custódia para aliviar os problemas de superlotação em El Paso, como por exemplo, trabalhar com organizações não governamentais ou parceiros locais para moradias temporárias.
  
O CBP estuda opções de assistência médicas com outros parceiros governamentais, como a Guarda Costeira, o Departamento de Defesa, serviços de saúde ou centros de Controle de Doença e Prevenção.
 
  
Histórico
  
Felipe Alonzo-Gomez mostrou “sinais potenciais de doença” na segunda-feira e foi levado, juntamente com o pai, a um hospital em Alamogordo, no estado do Novo México, onde foi diagnosticada uma gripe. Apresentou depois febre e ficou na unidade médica mais 90 minutos, tendo recebido alta na tarde do mesmo dia, com prescrição de antibiótico.
  
À noite, voltou ao hospital com náuseas e vômitos e morreu quatro horas depois, segundo a CBP, pouco depois da meia-noite do dia de Natal.
  
A agência informa que ainda não está determinada a causa da morte e que haverá uma investigação. O Departamento de Segurança Interna e o governo da Guatemala foram notificados.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente