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No Twitter, papa Francisco fala sobre desarmamento e recebe críticas de bolsonaristas

Em comentários no Twitter, o papa Francisco se posicionou contra a liberação do porte de armas. Apoiadores do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) criticaram o pontífice
14:50 | Set. 28, 2018
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Esta foi uma semana de embates e conversas sobre assuntos polêmico para o papa Francisco. O pontífice teve o perfil no Twitter invadido por apoiadores do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) após criticar políticas de liberação de armas para população.

Na rede social, Francisco escreveu: "Rezemos para que o mundo prevaleçam os programas de desenvolvimento e não aqueles para os armamentos".
  
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Na quarta-feira, 26, o papa conversou com o cantor Bono Vox, vocalista da banda U2. Na pauta, outro assunto delicado para a Igreja Católica: os escândalos sexuais.
  
Após a conversa, Bono contou a jornalistas que o pontífice está "envergonhado" com os casos de pedofilia cometido por membros da Igreja. "Eu explique a ele como parece para algumas pessoas que os agressores estão sendo mais protegidos do que as vítimas e deu para ver a dor em seu rosto. Eu senti que ele foi sincero e acho que ele é um homem extraordinário para tempos extraordinários", afirmou o cantor.
  
Antes, em visita aos bálcãs, especificamente à Estônia - um dos países mais ateus do mundo - Francisco admitiu que os vários escândalos têm distanciado os jovens da Igreja.
  
Na Lituânia, Francisco fez um alerta sobre o avanço de ideologias totalitárias. O religioso lembrou que o próprio país já sofreu com os nazistas, onde morreram milhares de pessoas por maus-tratos, doenças, fome ou deportadas para campos de concentração.
  
No País, Francisco rezou missa para mais de 100 mil pessoas na cidade de Kaunas e pediu que os fiéis tenham "discernimento para detectar a tempo qualquer reaparecimento dessa atitude perniciosa, qualquer sopro daquilo que pode manchar os corações de gerações que não viveram aqueles tempos e podem ser engados por cantos de sereia".
  
O papa também falou dos anos em que o País fez parte da União Soviética e, segundo estimativas, 50 mil lituanos morreram em campos de trabalho, prisões ou durante deportações. "Quantas vezes aconteceu de um povo acreditar ser superior, com mais direitos adquiridos, com mais privilégios a preservar ou conquistar?", questionou à multidão.
  
Em exortação apostólica em abril último, Francisco afirmou que defender os mais pobres e acolher migrantes não é "comunismo". Segundo o pontífice, essa seria uma maneira de santificação.
  
"É nocivo e ideológico o erro das pessoas que vivem suspeitando do compromisso social dos outros, considerando-o algo de superficial, mundano, secularizado, comunista, imanentista, populista", acrescenta Francisco.


Com agências

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