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Papa Francisco: ciência deve respeitar limites para bem da humanidade

14:01 | Abr. 28, 2018
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O papa Francisco afirmou neste sábado, 28, que a ciência deve respeitar os limites pelo bem da própria humanidade e que nem tudo é aceitável eticamente. As declarações do pontífice foram dadas após o desligamento das máquinas que mantinham vivo o bebê britânico Alfie Evans, de 23 meses, e que sofria de uma doença cerebral degenerativa.

O desligamento foi determinado pela Justiça do Reino Unido. Os pais do bebê, apoiados pelo papa, eram contra a medida. O pontífice participou hoje de uma conferência internacional sobre medicina regenerativa organizado no Vaticano e disse que a ciência é uma "forma potente" de compreender melhor tanto a natureza como a saúde humana. "Nosso conhecimento progride com a ciência aumentando os meios e as tecnologias mais sofisticadas que permitem não só olhar a estrutura mais íntima dos organismos vivos, entre eles, o homem, mas também intervir neles", disse Francisco.


Essa capacidade de intervenção, inclusive de modificação do DNA, foi destacada pelo papa, que fez ressalvas e considerou como fundamental uma maior consciência sobre a responsabilidade ética relativa a esse tipo de processo.

 
"A Igreja elogia todo o esforço de pesquisa e aplicação para curar as pessoas que sofrem, mas lembra que um dos princípios fundamentais é que nem tudo que é tecnicamente possível ou factível é, por si só, eticamente aceitável", disse o papa.

 
"A ciência, como qualquer outra atividade humana, sabe que tem limites a respeitar pelo bem da humanidade", continuou. O papa, que estudou Engenharia Química na juventude, ainda afirmou que muitos dos males poderiam ser evitados se a sociedade prestasse mais atenção ao estilo de vida das pessoas, sobretudo dos mais jovens, expostos ao álcool, ao tabaco e à poluição.
Agência Brasil 

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