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Morte de Martin Luther King completa 50 anos; relembre a trajetória do ativista negro

15:27 | Abr. 04, 2018
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[FOTO1]"Eu tenho um sonho". Foi a partir dessa declaração que o norte-americano Martin Luther King alcançou massas e será sempre lembrado. O sonho que King almejava era o de negros e brancos vivendo em paz, igualdade na justiça e na liberdade para pessoas de todas as raças, além de um mundo onde seus quatro filhos pudessem caminhar sem ser julgados pela cor da pele.

Os ideias sonhadores são parte de discurso feito por King para mais de 250 mil pessoas durante a Marcha de Washington, protesto para pedir igualdade racial, em 23 de  agosto de 1963

Eternizado como defensor dos direitos civis e no combate contra o racismo, Martin Luther King foi assassinado há exatos 50 anos, dia 4 de abril de 1968,  aos 39 anos, na varanda de um hotel em Memphis, estado americano do Tennessee, por James Earl Ray, um supremacista branco diversas vezes condenado. O sonho não foi calado. Ele estava se preparando para ir a um protesto de trabalhadores de serviço sanitário de Memphis, que estava em greve por conta de degradantes condições de trabalho. 

Algumas das suas reivindicações foram o direito ao voto e o acesso de pessoas negras ao mercado de trabalho. O combate contra a desigualdade social, sem usar a violência, rendeu ao ativista o Prêmio Nobel da Paz, em 1964. 

A memória de king vive 
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O pastor e ativista vive como ícone da luta contra o preconceito racial. Hoje, cinco décadas após o assassinato do icônico defensor da causa negra, representantes de igrejas e ativistas marcham em diversas partes dos Estados Unidos para homenagear a memória de Luther King. Em Memphis, local de morte do norte-americano, manifestantes seguravam placas escrito "I am a Man", uma referência à greve dos trabalhadores sanitários, a que Martin Luther King iria participar se não tivesse sido morto. 

Em Washington, capital federal, grupo segurava cartazes dizendo "Obrigado, Dr King".

Trajetória e mudança de nome

Nascido em 15 de janeiro de 1929, em Atlanta, na Geórgia, sob o nome de Michael King Jr., filho de um pastor e de uma professora, ele passou grande parte da infância brincando com dois vizinhos brancos – até que um dia seus pais o proibiram de ver os amigos.

Mas King não se deixou abalar. Tanto na escola quanto nos estudos de Sociologia e na Teologia, ele brilhou. Aos 17 anos, ele se tornou pastor assistente do pai em Atlanta. Tanto pai como filho tinham uma profunda fé em Deus, o que acabou manifesto em seus nomes.

Em 1934, King Pai viajou para Berlim para participar do Congresso Mundial Batista. Durante a viagem, ele aprendeu muito sobre o reformador Martinho Lutero – e ficou fascinado. Ao voltar para casa, King Pai mudou seu nome e o nome do filho para Martin Luther King.
 
Confira um pouco da trajetória do ativista:
 
O estopim do ativismo de King 

King se engajou de fato pela primeira vez depois que a ativista negra dos direitos civis Rosa Parks foi presa em 1955 por se recusar a dar lugar para um homem branco em um ônibus público em Montgomery, no Alabama.

Por mais de um ano, King e outros ativistas boicotaram ônibus públicos. A resistência foi bem-sucedida: em 1956, a Suprema Corte proibiu a segregação racial no transporte público de Montgomery. No ano seguinte, King fez dezenas de discursos e escreveu um livro sobre suas experiências na cidade.

King também apoiou os integrantes das chamadas Freedom Rides (Viagens da Liberdade) na Geórgia, nas quais os negros se manifestavam em pequenos grupos e de maneira pacífica contra a segregação no espaço público.
 
 
Redação O POVO Online,
com agências

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