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Islândia é o primeiro país a aprovar lei que proíbe disparidade salarial entre homens e mulheres

A lei obriga empresas privadas e agências governamentais com mais de 25 funcionários a obter certificado de igualdade de remuneração
09:29 | Jan. 04, 2018
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[FOTO1] As islandesas começaram o ano com uma notícia boa. Visando diminuir a disparidade salarial entre gêneros, a Islândia aprovou lei que proíbe o pagamento diferenciado para homens e mulheres que cumprem a mesma função. A lei, que entrou em vigor neste dia 1º, pune com multa empresas privadas e agências governamentais com mais de 25 funcionários que não obtiverem uma certificação especial do governo sobre políticas de igualdade de remuneração. A medida atinge cerca de 150.000 trabalhadores no país, se aplicando a pelo menos 1.200 companhias. A meta da Islândia é acabar com a desigualdade salarial até 2020.

“Nós tínhamos legislações dizendo que o pagamento deveria ser igual para homens e mulheres por décadas, mas nós ainda temos diferença salarial”, afirmou Dagny Osk Aradottir Pind, membro do conselho executivo da Associação Islandesa para os Direitos das Mulheres em entrevista ao portal Al Jazeera. Segundo estatísticas do governo islandês, as mulheres do país ainda ganham entre 14% e 18% a menos que homens.

Na ocasião da promulgação da lei, o ministro da Igualdade e Assuntos Sociais da Islândia, Thorsteinn Viglundsson, falou da efetivação de direitos humanos com a medida. “Precisamos garantir que homens e mulheres desfrutem da igualdade de oportunidades no local de trabalho. É nossa responsabilidade tomar todas as medidas para conseguir isso”, disse.

A Islândia é considerada o país com maior igualdade de gênero, de acordo com o último relatório do Fórum Econômico Mundial. O Brasil atualmente ocupa a 90ª posição no ranking, devido à queda da participação política feminina no País.

 

 

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Redação O POVO Online

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