Morre o bebê britânico portador de doença rara, Charlie Gard

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O pequeno Charlie Gard, o bebê britânico que mobilizou até o Papa Francisco, morreu nesta sexta-feira, 28, uma semana antes do seu primeiro aniversário. A notícia foi dada pela mãe do menino, Connie Yates: "Nosso lindo menino se foi. Nós estamos muito orgulhosos de você, Charlie".

 

Charlie sofria de síndrome de depleção do DNA mitocondrial,  uma doença genética rara, que deixa órgãos essenciais como pulmão e coração tão fracos a ponto de precisarem de ventilação artificial.

 

O bebê estava em estágio muito avançado da doença e por isso os pais haviam entrado com uma ação na Justiça para conseguir levar o pequeno para os Estados Unidos onde o médico Michio Hirano está desenvolvendo um tratamento experimental para a doença.

 

Porém no início da semana os pais de Charlie já haviam desistido do tratamento ao perceberem que não haveria melhora no caso do filho após os juízes envolvidos no caso não autorizarem a transferência do bebê.

 

Na última quinta-feira, 27, a mãe reclamou que o hospital em que a criança estava internada não atendeu ao pedido dos pais de levar o pequeno para morrer em casa e para que os aparelhos só fossem desligados daqui há uma semana.

 

Apesar dos pais pedirem mais tempo com o filho sem a presença de médicos, repórteres e advogados, o hospital não teria como transferir todo o equipamento necessário para a sobrevivencia do bebê para a casa dos pais.

"Queríamos apenas estar em paz com nosso filho, sem hospital, sem advogado, sem imprensa. Apenas um momento com Charlie, longe de todo o resto, para dizermos adeus com o todo o amor possível", afirmou Connie em um comunicado oficial.

 

Charlie tinha 11 meses, completaria um ano no próximo dia 2, e estava internado desde os dois meses de idade. O caso repercutiu internacionalmente. O papa Francisco e o presidente Trump intercederam em favor da família para que o bebê pudesse ter o tratamento experimental.

Redação O POVO Online

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