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Pesquisa indica possível motivo para focinho achatado de pugs

O estudo, publicado na Current Biology, concluiu que cães com a mutação que suprimia o gene SMOC2 tinham a face mais achatada
12:14 | Mai. 30, 2017
Autor O POVO
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Pesquisadores encontraram indicativos do motivo pelo qual pugs - e outras raças de cães - possuem um focinho tão achatado. Um grupo de cientistas e veterinários queriam encontrar os genes responsáveis por essa característica anatômica desses animais.

O estudo, publicado na Current Biology na última quinta-feira, 25, identificou que cães que possuíam a mutação que suprimia o gene SMOC2 tinham a face mais achatada, segundo informações do portal de ciência e tecnologia The Verge.

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Para reunir os dados e chegar a essa conclusão, 374 cães passaram por tomografias. A partir do exame, criaram reconstruções 3D das faces. Assim foi possível realizar medições mais precisas das dimensões das cabeças dos animais.

Com os focinhos mais longos foram identificados raças como o Collie. Já na outra ponta estavam os cães de cara achatada, que entram na categoria de cães braquicefálicos, entre eles: lulu-da-pomerânia, bulldogs, boston terriers, shih tzus e, é claro, o pug, além de outras raças.

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Ao procurar as diferenças genéticas entre esses cachorros com tamanhos tão distintos do crânio, o padrão encontrado que acompanhou as diferenças em dimensões estava a mutação do gene SMOC2. Aqueles com o gene normal tinham o focinho longo. No entanto, muitas variações genéticas foram encontradas naqueles cachorros de "cara amassada", incluindo a mutação que suprimia o gene SMOC2.

Os pesquisadores também concluíram que existem outros genes envolvidos, pois o SMOC2 contribuiu com pouco mais de um terço das diferenças no tamanho da face. Só que se sabe é que este gene é responsável por uma proteína que ajuda a juntar as células, como também multiplicar e reconstruir tecidos. No caso dos peixes, é conhecido por ser importante para um desenvolvimento facial normal.

Para se ter certeza da real influência desse gene, explica o The Verge, seria necessário retirar o SMOC2 do DNA de um cão com focinho alongado e "normal". Com isso, se seus descendentes tivessem alterações significativas no achatamento de suas faces, essa seria uma prova mais definitiva.

 

 

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