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Cientista nuclear negra é coroada Miss Estados Unidos e suas opiniões geram polêmica

Jovem de 25 anos foi eleita a mulher mais bonita do país e coroada no domingo, 14. Ela comentou sobre nova lei em sistema de saúde americano e disse não se considerar feminista
17:40 | Mai. 16, 2017
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A cientista nuclear Kara McCullough, 25 anos, foi coroada Miss Estados Unidos, na noite desse domingo, 14, em Las Vegas. A nova miss representava o Distrito da Columbia e nasceu em Veneza, na Itália. Ela representará os EUA no Miss Universo 2018, ainda sem data.

Kara tem licenciatura em Química e trabalha na Comissão Reguladora Nuclear dos EUA. Ela disse que quer incentivar jovens a seguirem carreira científica.
Por ser negra e também uma cientista, fugindo do padrão das Miss do mundo inteiro, a coroação de Kara gerou repercussão nas redes sociais. Algumas opiniões polêmicas da nova miss, no entanto, dividiram opinião nos EUA.

Kara disse considerar a saúde pública um privilégio, e não um direito, que como tal deve ser restrito às pessoas que trabalham. A questão foi levantada porque, no início do mês, a Câmara Baixa do Congresso dos EUA aprovou nova lei de saúde que os democratas acusam que vai deixar milhões de pessoas sem seguro.

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Ela também respondeu no concurso que não se considera feminista, "já que não é intransigente", e prefere falar em igualdade. “Mulheres são iguais aos homens no mercado do trabalho”, opinou.

Nas redes sociais, internautas rebateram com dados da Associação Americana de Mulheres Universitárias, que indica que as mulheres ainda ganham aproximadamente 20% menos do que os homens ocupando um mesmo cargo.

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Entenda

A votação no Congresso põe em risco a lei conhecida como Obamacare, criada em 2010 para ampliar o acesso universal à saúde, mas que elevou preços de planos para quem não recebe assistência do governo.

Entre as regras da Obamacare, está a proibição de planos aumentarem preços com base no histórico do paciente ou negarem cobertura a pacientes com doenças graves. Em contrapartida, todo americano ou estrangeiro que vive nos EUA é obrigado a ter um plano de saúde.

A aprovação da revogação de grande parte do sistema de saúde dos EUA foi a primeira grande vitória legislativa de Trump.

Redação O POVO Online

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