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Jovem espancado por policiais causa polêmica na França

Hollande e Le Pen falaram sobre o caso
11:11 | Fev. 09, 2017
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O bairro de Aulnay-sous-Bois, no subúrbio de Paris, teve mais uma noite de protestos nesta segunda-feira, dia 6, após um jovem negro ter sido brutalmente espancado e estuprado por quatro policiais.

 

Na última quinta-feira (2), Thèo, de 22 anos, foi parado por quatro oficiais que estavam checando os documentos de jovens em Aulnay-sous-Bois. Sem nenhuma explicação, os policiais começaram a bater no homem, que não conseguiu reagir.

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Um dos policiais foi acusado de ter estuprado Thèo com seu cassetete e outros três por agressão. Os quatro, que negaram o crime e disseram que estavam apenas controlando um homem suspeito de traficar drogas que estava resistindo à prisão, estão suspensos da polícia enquanto a investigação continua. Ainda internado em um hospital da região, o jovem teve que realizar uma cirurgia no reto devido a vários ferimentos feitos no local pela inserção do instrumento. Ele também chegou ao lugar com sérios machucados na cabeça e no rosto.

 

O caso causou indignação na França, principalmente entre os moradores da região onde Thèo foi espancado. Protestos violentos, com carros queimados, e manifestantes caminhando com camisetas e cartazes com a frase "Justice Pour Thèo" ("Justiça para Thèo") puderam ser vistos nas últimas noites.

 

O presidente francês, François Hollande, falou sobre o episódio, mas focou nos protestos. O mandatário ressaltou que "é o juiz que protege" a população e, nesse caso, Thèo, já que a Justiça "garante a liberdade e os cidadãos devem entender que é o juiz que os protege" mesmo quando quem erra são "os agentes das forças de ordem".

 

Nesta terça-feira, dia 7, aliás, Hollande fez uma visita ao jovem no hospital. No local, Thèo pediu que os manifestantes parassem com a "guerra". "Sei o que está acontecendo. Amo a minha cidade e quando voltar quero encontrá-la como a deixei. Ou seja, parem com a guerra. Rezem por mim", disse o francês.

 

A candidata à Presidência do país pelo partido de extrema-direita Frente Nacional (FN), Marie Le Pen, por outro lado, defendeu a polícia. A política condenou os "motins" em Aulnay-sous-Bois e disse que o seu "princípio básico" é "apoiar a polícia".

 

Agência ANSA

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