Brasil encara Rússia e quer usar persistência para ir à final do vôlei masculino
Depois de superar a pressão psicológica, na primeira fase, o time brasileiro masculino de vôlei precisará vencer a limitação fÃsica para avançar à quarta final olÃmpica seguida. Dois importantes atacantes, Lipe e Lucarelli, ainda são dúvidas para a partida, após passarem por exames nesta quinta-feira. Contra a potência fÃsica da Rússia, nesta sexta, no ginásio do Maracanãzinho, à s 22h15, o técnico Bernardinho já alertou que o time precisará de Â?paciência e espertezaÂ? para ganhar não pela explosão, mas pela persistência.
Â?Ã? um confronto fÃsico. Não podemos enfrentá-los com a força, temos que ser espertos. Impaciência e pressa são inimigas em jogos com rallys longos. O Brasil sempre teve um jogo para atacar e definir logo. Não é mais assim, tem que preparar cada jogadaÂ?, explicou Bernardinho.
O confronto contra a Rússia, na semifinal, antecipa a revanche entre as duas equipes finalistas da OlimpÃada de Londres, em 2012, quando a Rússia venceu, de virada. Naquela partida, o Brasil abriu 2 sets a 0 e teve dois match points já no terceiro set. Mas a Rússia quebrou a vantagem, virou o placar e fechou a partida no tie break.
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AssineQuatro anos depois, as tradicionais seleções no esporte voltam a se enfrentar com equipes renovadas - apenas quatro jogadores e os técnicos de ambas as equipes estiveram na última final. Na primeira fase, a Rússia só perdeu para a Argentina, eliminada pelos brasileiros na última quarta-feira. O Brasil teve duas derrotas (Estados Unidos e Itália) e uma classificação dramática na última partida da fase classificatória contra a França.
Â?Perdemos dois jogos no detalhe, partidas equilibradas. Depois começamos a ter mais energia e determinação. O time criou uma identidade e uma Â?cascaÂ? com as derrotas. Agora nosso time está osso duro de roerÂ?, disse William, estreante em OlimpÃada.
Â?Espero que isso se reflita contra a RússiaÂ?, comentou Serginho, que considera o confronto o mais difÃcil das últimas três semifinais olÃmpicas em que esteve presente, com saldo de duas pratas (2012 e 2008) e um ouro (2004). Â?Eles são mais fortes do que a gente, tem que jogar bem pensado. Vou buscar esse ouro de qualquer jeitoÂ?, disse o Ãdolo da torcida, que aos 40 anos joga as últimas partidas pela seleção.
Quem ganhar o confronto disputará a final contra o vencedor da partida entre Itália e Estados Unidos, que jogam às 13 horas.
LES�ES - Para vencer o paredão do bloqueio russo e a força do ataque, o Brasil vai depender ainda mais da potência do ataque de Wallace. Sem os parceiros Lucarelli e Lipe para dividir as bolas em quadra, ele foi decisivo para a vitória contra a Argentina e saiu como o maior pontuador da partida.
A limitação fÃsica da equipe é alvo de preocupação para Bernardinho desde a primeira fase - o central MaurÃcio Silva lesionou a coxa na véspera da abertura da OlimpÃada e só entrou em quadra na quarta partida. Seu substituto, Lucão, também sentiu dores no joelho após a primeira partida. Â?Sem desculpa, vamos jogarÂ?, disse o técnico, após reconhecer Â?preocupaçãoÂ? com as lesões.
Nesta quinta-feira, Lucarelli e Lipe fizeram exames para avaliar a gravidade das contusões. Lucarelli foi diagnosticado com um estiramento muscular leve e Lipe, um dos principais sacadores, com uma contratura na lombar. Com tratamento à base de remédios e fisioterapia, os dois foram poupados do treino desta quinta-feira, quando Bernardinho testou alternativas para a equipe. A escalação definitiva só sairá após um teste fÃsico dos dois titulares na manhã desta sexta.
Â?Junta a perna de um com o joelho do outro e, se tiver que ser assim, vai ser. Os 12 jogadores que estão aqui têm condições de entrar. Vamos tentar recuperar quem dá e jogar com quem tiver aptoÂ?, disse o central Lucão. Para ele, a seleção tem a responsabilidade de Â?representar o vôlei brasileiroÂ? na OlimpÃada, após a eliminação da equipe feminina. Â?Tem que crescer na adversidadeÂ?, completou.
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