Participamos do

Brasil derrota Alemanha nos pênaltis e conquista ouro inédito

20:18 | Ago. 20, 2016
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia
Em final dramática, seleção brasileira derrota algoz do 7 a 1 e conquista primeiro ouro olímpico para o futebol. Depois de empate em 1 a 1, vitória vem nos pênaltis, com defesa de Wéverton e cobrança decisiva de Neymar. Acabou a obsessão, o trauma está superado. O Brasil é campeão olímpico no futebol masculino. Finalmente. A seleção brasileira derrotou a Alemanha apenas nos pênaltis, neste sábado (20/08), num estádio do Maracanã lotado e conquistou a tão sonhada medalha de ouro. O ciclo está completo: o Brasil possui agora todos os títulos do futebol masculino. Os deuses do futebol foram misericordiosos com o Brasil no empate em 1 a 1, com gols de Neymar e Max Meyer. No primeiro tempo, três bolas acertaram o travessão: as duas da Alemanha foram apenas um susto; a do Brasil explodiu o Maracanã em êxtase. Também no torneio olímpico ficou nítida a diferença no futebol mostrado por Brasil e Alemanha nos últimos anos, seja nas categorias de base, seja no adulto. A Alemanha mostrou uma proposta de jogo muito mais organizada, com uma estruturação em campo bem definida e um peso maior no coletivismo. Já o Brasil apostou em jogadas individuais e na força da torcida. Fora o gol, a seleção brasileira viu nos primeiros 45 minutos uma Alemanha com mais presença na área adversária. E foi dela a melhor chance no início da partida. Aos dez minutos de bola rolando praticamente no mesmo período de jogo em qual Miroslav Klose abria o placar no Mineirão há dois anos , Julian Brandt arriscou de longe e a bola explodiu no travessão de Wéverton. Silêncio no Maracanã. Na base das jogadas individuais, o Brasil foi assegurando mais domínio no meio-campo. Em uma de suas arrancadas, Neymar sofreu falta perto da grande área, aos 26 minutos. Camisa 10; bola parada; Maracanã: uma combinação que já fez muito sucesso em outros tempos neste estádio icônico. Sem ficar devendo em nada às cobranças letais de Zico ou Roberto Dinamite, Neymar colocou a bola no ângulo de Timo Horn, que nada pôde fazer. A bola ainda raspou o travessão antes de morrer nas redes. O gol, porém, não chocou a Alemanha, que seguiu incomodando a defesa brasileira. Aos 30 minutos, Max Meyer pegou rebote de cobrança de escanteio e obrigou Wéverton a uma dificílima defesa. Quatro minutos depois, em cobrança de falta, a bola voltou a acertar o travessão brasileiro, depois de cabeceio de Sven Bender. A segunda etapa começou bastante truncada e a apreensão pelo título inédito tomou conta da torcida, principalmente quando, aos 13 minutos, Max Meyer aproveitou uma desconcentração defensiva do Brasil e empatou a partida. O gol do capitão alemão foi o primeiro sofrido por Wéverton no torneio. O Brasil buscou mais o campo de ataque, mas com pouca organização e com um visível nervosismo. Gabriel Barbosa, Luan e Felipe Anderson tiveram boas oportunidades, mas foram desperdiçadas ou por egoísmo ou por falta de pontaria. Prorrogação. Pênaltis. Nos pênaltis, apenas o alemão Nils Petersen não converteu e coube a Neymar efetuar a cobrança decisiva. O atacante, único remanescente da prata de Londres caiu no choro. O alívio era palpável no Maracanã. Apesar do título, fica evidente a dificuldade do Brasil em superar uma equipe que é praticamente a seleção sub-21 da Alemanha. Uma equipe que o treinador Horst Hrubesch teve inúmeras percalços para montar: apenas dois jogadores profissionais por clube; nenhum atleta que esteve na Eurocopa; nenhum jogador que trocou de clube na última janela de transferências; e nenhum do Borussia Mönchengladbach e do Hertha Berlim, que disputam as fases qualificatórias de Liga dos Campeões e Liga Europa, respectivamente. A decisão olímpica foi também a última partida de Hrubesch no comando de qualquer seleção de base da Alemanha. O ex-atacante de 65 anos, campeão da Eurocopa de 1980, era o único da equipe alemã que já tinha jogado no Maracanã. Assim como o amistoso de 1982, sua despedida como treinador foi com derrota. Na época, três meses antes da Copa do Mundo da Espanha, o Brasil derrotou por 1 a 0 uma Alemanha que contava com Paul Breitner, Hans-Peter Briegel e um jovem Lothar Matthäus. Ficha técnica Brasil (5) 1 x 1 (4) Alemanha Local: Estádio do Maracanã. Arbitragem: Alireza Faghani (Irã), auxiliado por seus compatriotas Reza Sokhandan e Mohammadreza Mansouri. Gols: Neymar (26'/1T), Max Meyer (13'/2T) Pênaltis: Brasil: Renato Augusto (), Marquinhos (), Rafael Alcántara (), Luan (), Neymar () Alemanha: Matthias Ginter (), Serge Gnabry (), Julian Brandt (), Niklas Süle (), Nils Petersen (x). Cartões amarelos: Zeca (29'/1T), Gabriel Barbosa (43'/1T), Davie Selke (3'/2T), Grischa Prömel (34'/2T), Sven Bender (35'/2T), Niklas Süle (43'/2T) Brasil: Wéverton; Douglas Santos, Rodrigo Caio, Marquinhos e Zeca; Walace, Renato Augusto e Luan; Gabriel Jesus (Rafael Alcántara), Neymar e Gabriel Barbosa (Felipe Anderson 25'/2T). Técnico: Rogério Micale. Alemanha: Timo Horn; Jeremy Toljan, Matthias Ginter, Niklas Süle e Lukas Klostermann; Sven Bender, Lars Bender (Grischa Prömel 22'/2T) e Maximilian Meyer; Julian Brandt, Serge Gnabry e Davie Selke (Nils Petersen 30'/2T). Técnico: Horst Hrubesch. Autor: Philip Verminnen

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente