Atrações turísticas do Rio viram obstáculos na prova de saltos do hipismo
Durante mais de um século e novamente desde o fim do ano passado, o carioca se acostumou a saltar do bonde de Santa Teresa. No Rio-2016, em Deodoro, foi possÃvel ir além: saltar o bonde. Ou melhor: uma representação dele, um dos obstáculos da pista montada pelo course-designer Guilherme Nogueira Jorge, primeiro brasileiro a desenhar um percurso olÃmpico nas provas de saltos do hipismo.
Durante quatro dias, seis percursos foram montados. Dos mais difÃceis, na final individual, saiu como campeão olÃmpico o britânico Nick Skelton. Peder Fredicson ganhou a prata para a Suécia e Eric Lamze deu o bronze ao Canadá. O brasileiro Ãlvaro de Miranda Neto, o Doda, terminou em nono.
Ornar os obstáculos com Ãcones nacionais do paÃs organizador é tradição no hipismo. O Pão de Açúcar apareceu só no segundo dia de competições. O Cristo Redentor precisou ser deixado de lado, porque a OlimpÃada é um evento sem manifestações religiosas. As ondas do calçadão de Copacabana estavam no muro que causou uma falta para Doda, tirando as esperanças de medalha por equipe.
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AssineNo lugar do Cristo, estavam as tradicionais barraquinhas das festas de São João, uma de cada lado das varas, mas sem referências ao santo. Â?Trabalhei com o departamento de Look of the Games do Rio-2016. Eles tinha uma linha de pensamento do que queiram. A ideia era contar um pouco da cultura do Rio e das cidades-sede da OlimpÃada pelo futebol. A festa junina é super brasileira, enquanto o bondinho é um cartão postalÂ?, contou Nogueira Jorge.
Ao menos 30 tipos de ornamentos foram encomendados à empresa que produz obstáculos para provas do mundo todo. Na volta final, as referências ao Rio diminuÃram. Havia bromélias, balões de São João e até uma floresta tropical.
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