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O automóvel como arma terrorista

09:16 | Jul. 15, 2016
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Caminhão usado como arma matou ao menos 84 pessoas em NiceAtentado com caminhão em Nice não é o primeiro do tipo. Há alguns anos, terroristas têm usado de carros a escavadeira para avançar contra pessoas em paradas de ônibus ou multidões. Confira uma cronologia dos ataques. Ainda não se sabe se o autor do atentado em Nice na noite desta quinta-feira (14/07) tem ligação com grupos terroristas como "Estado Islâmico" (EI) ou Al Qaeda. Fato é que, nos últimos anos, extremistas usaram repetidamente veículos para matar e propagar o terror. Pela internet, organizações terroristas instaram várias vezes a esse tipo de atentados. Diferentemente de explosivos e armas de fogo, automóveis estão disponíveis para qualquer pessoa e não despertam, a princípio, nenhuma desconfiança. A lista de atentados ou tentativas de ataques do tipo é longa. Confira alguns deles: 14 de março de 2016: Na Cisjordânia, um soldado foi atropelado e ferido por um palestino. Antes disso, no mesmo lugar, dois palestinos haviam atacado um posto do Exército israelense com armas de fogo. Todos os três palestinos foram mortos por tiros das forças de segurança israelenses. No total, três soldados saíram feridos. 14 de dezembro de 2015: Um palestino avança com seu carro sobre um grupo de pessoas que esperava num ponto de ônibus na periferia de Jerusalém, deixando 14 pessoas feridas. O autor do atentado foi morto a tiros. 13 de outubro de 2015: Dirigindo em alta velocidade, um palestino jogou seu carro contra uma parada de ônibus, onde estavam muitos passantes. Em seguida, o homem desceu do veículo e esfaqueou um israelense, antes de ser morto por policiais. 5 de novembro de 2014: Numa parada de bonde em Jerusalém, um agressor palestino avançou sobre passantes com sua van. Em seguida, ele desceu do carro e atacou os transeuntes com uma barra de ferro, matando um homem e ferindo outras 14 pessoas. A organização palestina radical Hamas reivindicou a autoria do atentado. 20 de outubro de 2014: Num subúrbio de Montréal, um canadense de 25 anos convertido ao islamismo avançou com um veículo sobre um grupo de soldados, matando um deles e ferindo outro. Depois de uma perseguição, o autor foi morto a tiros. Durante a investigação subsequente, constatou-se que ele pretendia se aliar a um grupo extremista na Síria. 4 de agosto de 2014: Em Jerusalém, um homem de 23 anos da parte árabe da cidade, no lado oriental, avançou com uma escavadeira sobre um ônibus de linha, matando um passante e ferindo várias outras pessoas. O motorista do ônibus ficou levemente ferido. O agressor foi morto a tiros pela polícia. 22 de maio de 2013: O soldado britânico Lee Rigby foi atropelado no meio da rua por dois londrinos de origem nigeriana e, em seguida, esfaqueado até a morte. Os agressores permitiram que passantes filmassem a cena e declararam que queriam vingar os muçulmanos vítimas da violência ocidental em outras partes do planeta. 2 de julho de 2008: Com um veículo para recolha de resíduos, um homem da parte oriental de Jerusalém avançou contra outros automóveis na Jaffa Road. Ele matou três pessoas e feriu ao menos 30 passantes, até ser morto pela polícia. Carros-bomba Além desse tipo de ataque, carros-bomba são utilizados repetidamente por suicidas contra postos policiais e militares ou instalações civis. No Iraque e em outros países do Oriente Médio, já não é mais possível contar o número de ataques desse tipo. Na Europa, registrou-se um ataque semelhante em 30 de junho de 2007. Um jipe carregado com botijões de gás propano se chocou contra o portão de entrada do aeroporto internacional em Glasgow, na Escócia, pegando fogo em seguida. Barreiras de concreto impediram que o veículo conseguisse entrar no interior do terminal. Os dois agressores, um indiano e um iraniano, foram presos numa troca de tiros com forças de segurança. Um deles veio a morrer mais tarde das queimaduras que sofreu no ataque. Autor: Andreas Gorzewski (ca)

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