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Museu nos EUA pede que visitantes parem de caçar Pokémons

Memorial do Holocausto, em Washington, se torna alvo de usuários do aplicativo "Pokémon Go", que buscam capturar personagens virtuais em locais no mundo real. Cemitério em Virginia também quer proibir jogo no local
05:35 | Jul. 13, 2016
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Poucos dias depois do lançamento do jogo para smartphones Pokémon Go, no qual os usuários buscam personagens virtuais em locais no mundo real, a administração do Museu do Holocausto, em Washington, tenta remover a instituição do aplicativo, que se tornou uma sensação nos Estados Unidos.

O diretor de comunicações do museu, Andrew Hollinger, disse nesta terça-feira, 12, que jogar dentro de um memorial dedicado às vítimas do nazismo é algo "extremamente inadequado". Assim como vários outros monumentos, o local se tornou um dos chamados "Pokestops", onde os usuários podem recolher itens virtuais gratuitos dentro do jogo.

Normalmente, o museu encoraja os visitantes a utilizarem seus smartphones para compartilhar e interagir com as exposições, afirmou Hollinger. "A tecnologia pode ser uma importante ferramenta de aprendizado, mas esse jogo está longe da nossa missão educacional e memorial."

O jogo de "realidade aumentada", desenvolvido pelas empresas Pokémon Company International, Niantic e Nintendo, utiliza o mapeamento de GPS e os sistemas de câmeras dos celulares para que os usuários possam coletar os personagens do desenho animado japonês, muito popular nos anos 1990.

Inapropriado em solo sagrado

O Cemitério Nacional de Arlington, no estado de Virginia, também tenta proibir o jogo dentro das suas dependências. "Jogar games como o Pokémon Go neste solo sagrado não deve ser considerado algo apropriado", afirmou o porta-voz do local, onde estão sepultados militares americanos mortos em combate.

O aplicativo lançado na última quinta-feira nos EUA, na Austrália e na Nova Zelândia subiu rapidamente para o topo da lista dos mais baixados da empresa de tecnologia Apple nos EUA, e já está em mais celulares americanos que utilizam o sistema Android do que o popular aplicativo de paqueras Tinder. O número de usuários dos EUA ativos por dia praticamente se igualou ao da rede social Twitter.

Nesta terça-feira, um senador americano pediu que a Niantic esclarecesse a política de proteção de dados do jogo, devido a preocupações de que o aplicativo estaria coletando uma enorme quantidade de informações dos usuários.

DW

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