Rebeldes e Arábia Saudita iniciam negociações de paz no Iêmen
Uma autoridade dos rebeldes e a coalizão militar liderada pela Arábia disseram nesta quarta-feira que as negociações estavam ocorrendo perto da fronteira entre os dois países. Mas os dois lados pareciam divergir sobre a agenda das negociações, que começou na segunda-feira.
"As negociações se concentram em maneiras de acabar com a guerra e iniciar um cessar-fogo imediato", disse o porta-voz dos houthis, Mohammed al-Shire'i. A coalizão disse em um comunicado que as negociações tinham criado apenas um "estado de calma" para permitir a entrega de ajuda humanitária.
Ambos os lados disseram ter trocado prisioneiros, com a coalizão dizendo que os houthis tinham capturado um soldado saudita e libertado sete iemenitas detidos na zona de combate perto da fronteira. Não ficou claro se os iemenitas eram rebeldes.
Apoiado pelos EUA, a coalizão liderada pela Arábia Saudita levou de estados árabes em sua maioria sunitas a lançar uma campanha aérea contra os houthis em março, com o objetivo de derrubar rapidamente os rebeldes e reinstalar o presidente Rabbo Mansour Hadi ao poder.
Ao invés disso, o Iêmen se envolveu em uma prolongada guerra, também envolvendo forças terrestres da Arábia Saudita, outras monarquias sunitas do Golfo, Sudão e o Egito.
Na sua declaração de quarta-feira, a coalizão disse que tribos iemenitas que habitam a região de fronteira saudita-iemenita foram mediar as conversações. O desenvolvimento pode representar uma via possível para uma solução negociada do conflito após a quebra de várias tentativas de mediação da Organização das Nações Unidas (ONU).
A ONU estima que mais de 6 mil pessoas foram mortas no Iêmen desde o início do conflito, quase metade deles civis. Milhões também foram arrancados de suas casas e estão lutando para sobreviver em um país que já era o mais pobre da Península Arábica antes da guerra. Fonte: Dow Jones Newswires.
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