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Ataques aéreos russos na Síria mais letais que os da coalizão

Os aviões russos mataram provavelmente "entre 1.096 e 1.448 civis" entre outubro e dezembro de 2015, em 192 ataques realizados apenas na Síria
18:51 | Mar. 29, 2016
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Os bombardeios aéreos russos na Síria foram muito mais mortíferos que os da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, aponta um relatório do grupo de monitoramento Airwars divulgado nesta terça-feira.


Segundo o Airwars, uma ONG baseada em Londres que trabalha com base em informações disponíveis publicamente sobre os bombardeios, os aviões russos mataram provavelmente "entre 1.096 e 1.448 civis" entre outubro e dezembro de 2015, em 192 ataques realizados apenas na Síria.

 

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Em comparação, os bombardeios da coalizão internacional provocaram provavelmente a morte de 1.044 pessoas no Iraque e na Síria desde o início da campanha contra o grupo Estado Islâmico (EI) em agosto de 2014, afirma.

No período outubro-dezembro do ano passado, a coalizão teria matado entre 178 e 223 civis no Iraque e na Síria, seis vezes menos que os russos apenas na Síria, destaca a ONG.

 

Aliada chave do governo sírio de Bashar al-Assad, a Rússia negou que tome como alvo civis e sustentou que só ataca o EI e outros grupos terroristas contrários ao regime.

 

Os ocidentais e os grupos contrários a Assad a acusam, pelo contrário, de concentrar seus bombardeios nos grupos rebeldes opositores sírios e em "infraestruturas civis", como uma usina de tratamento de água, padarias, depósitos de alimentos e comboios de ajuda humanitária, denuncia a Airwars.

 

Os ataques russos diminuíram consideravelmente desde a entrada em vigor de um cessar-fogo entre o governo de Assad e os rebeldes. Moscou repatriou parte de sua frota aérea, embora conserve na Síria algumas aeronaves que continuam realizando ataques ao EI, não envolvido na trégua.

 

Mais de 270.000 pessoas morreram no total desde o início do conflito na Síria, em 2011, e milhares foram deslocadas pelos combates. A coalizão dirigida pelos Estados Unidos admitiu ter matado apenas 21 civis desde o início de sua campanha aérea, mas várias investigações em andamento aumentarão certamente este saldo. 

 

AFP  

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