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Riad corta relações diplomáticas com Irã

18:51 | Jan. 03, 2016
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Ministro do Exterior da Arábia Saudita justifica medida como reação à invasão da embaixada em Teerã. Após tensões geradas devido à execução de clérigo xiita, diplomatas iranianos têm 48 horas para deixarem reino sunita. A Arábia Saudita anunciou neste domingo (03/01) o rompimento diplomático com o Irã, em sequência de tensões geradas pela execução do clérigo xiita Nimr Baqir al-Nimr. O comunicado foi feito pelo ministro das Relações Exteriores saudita, Adel al-Jubeir, que justificou a medida como reação à invasão da embaixada saudita em Teerã por manifestantes iranianos. Jubeir anunciou também que todos os diplomatas iranianos estacionados na Arábia Saudita têm de abandonar o reino sunita no prazo de 48 horas. O ministro afirmou ainda que Riad não iria permitir que o Irã de minar a segurança da Arábia Saudita. "Arábia Saudita está rompendo laços diplomáticos com o Irã e solicita que todos os membros da missão iraniana saiam [do país] dentro de 48 horas", disse o ministro em entrevista coletiva. No sábado, o reino sunita executou 47 pessoas por ligação com terrorismo, entre elas o proeminente clérigo xiita Nimr. A maioria era de nacionalidade saudita, com exceção de um egípcio e um chadiano. As acusações incluem a adoção e promoção da ideologia takfiri (extremismo sunita), assassinato, sequestro, fabricação de explosivos e posse de armas. Dos 47 executados, a maior parte foi condenada por ataques da Al Qaeda na Arábia Saudita há uma década. Quatro, incluindo o clérigo Nimr, foram acusados de atirar em policiais durante protestos contra o governo. As penas foram destinadas principalmente a desencorajar os sauditas de aderir ao jihadismo. A execução de Nimr gerou indignação nos países xiitas, principalmente no principal rival regional de Riad: o Irã. Também neste domingo, o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, alertou que a Arábia Saudita vai enfrentar uma "vingança divina". No sábado, a Guarda Revolucionária afirmou que a família real saudita sofrerá consequências e o Ministério do Exterior garantiu que Riad pagará um "preço elevado" pela execução do clérigo xiita. PV/lusa/rtr/afp/ap/dpa

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