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ONU pede evacuação de famintos de cidade síria

08:11 | Jan. 12, 2016
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Pelo menos 400 pessoas correm o risco de morrer de fome, e falta assistência médica na cidade síria de Madaya, sitiada há meses. Nações Unidas pedem garantias a governo e rebeldes para retirar pessoas com segurança. A ONU alertou na noite de segunda-feira (11/01) que centenas de civis necessitam ser retirados com urgência da cidade síria de Madaya sitiada há seis meses pelas forças armadas sírias por correrem risco de morrer de fome e por falta de assistência médica. Trabalhadores de agências humanitárias encontraram cerca de 400 sírios sofrendo de desnutrição e outros problemas de saúde durante uma visita a um hospital em Madaya, segundo informou o chefe para Assuntos Humanitários das Nações Unidas, Stephen O'Brien. A informação foi divulgada após o fim da reunião do Conselho de Segurança, que ocorreu a portas fechadas, convocada a pedido de Espanha e Nova Zelândia. Segundo O'Brien, a ONU precisa de garantias, tanto do governo sírio como de "outras partes" envolvidas no conflito, para que as pessoas possam ser retiradas em segurança. O embaixador espanhol na ONU, Román Oyarzun, explicou a jornalistas que a situação das 400 pessoas é "muito crítica". O embaixador neo-zelandês na ONU, Gerard van Bohemen, disse que as agências humanitárias querem permissão urgente do governo sírio para retirar as pessoas da localidade. Ajuda chega ao "enclave da fome" Um comboio com ajuda humanitária chegou na segunda-feira a Madaya, cercada há seis meses por forças do governo de Bashar al-Assad, onde existem relatos sobre pessoas morrendo de fome. A operação foi coordenada pelo Crescente Vermelho sírio e a Cruz Vermelha. As informações sobre casos de fome e carências alimentares na cidade de 40 mil habitantes provocaram comoção internacional e obrigaram o regime sírio a autorizar o acesso à localidade. A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) relatou que mais de 30 pessoas morreram de fome em Madaya desde 1° de dezembro. Nos últimos dias, fotografias e vídeos que mostram crianças subnutridas e muito magras em Madaya foram publicadas nas redes sociais. MD/lusa/efe/epd

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