Participamos do

Nevascas paralisam leste e sudeste dos EUA; ao menos 10 pessoas morrem em acidentes

"Estranhos me paravam para perguntar se eu estava preparado para a nevasca. Foi aí que percebi o que realmente aconteceria", contou ao O POVO um cearense que mora em Nova York. Um outro cearense morador de NY deu seu relato à rádio O POVO/CBN
12:35 | Jan. 23, 2016
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

Atualizada às 13h55min

Uma forte nevasca paralisa o sul e o sudeste dos Estados Unidos neste sábado. Sete Estados já declararam emergência, ao menos 10 pessoas morreram em acidentes e partes de Washington estão cobertas com quase 60 centímetros de neve.

A falta de energia já atingiu 80 mil clientes em Nova Jersey e 8 mil clientes na Virgínia, que também relatou mais de mil acidentes de trânsito.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

No início de sábado, 46 centímetros de neve já haviam caído no leste do Kentucky. Equipes de emergência distribuíam água, combustíveis e alimentos para motoristas que estão presos na rodovia Interestadual 75.

[SAIBAMAIS3]

O Serviço Nacional de Meteorologia disse que a tempestade de inverno poderia ser uma das maiores da história do país. "As nevascas têm o potencial para afetar mais de 50 milhões de pessoas", disse Louis Uccellini, diretor do serviço de meteorologia. "A queda de neve, que deverá continuar até domingo, poderia facilmente causar mais de US$ 1 bilhão em danos."

[FOTO4]

Tennessee, Carolina do Norte, Virgínia, Maryland, Pensilvânia, Nova Jersey e o Distrito de Columbia decretaram estado de emergência. Ainda há regiões em atenção em Arkansas, Kentucky e Nova York.

>> Ouça relato do cearense Adriano Macêdo, de Nova York, na rádio O POVO/CBN

Na manhã de sábado, a capital federal, Washington, já tinha quase 60 centímetros de neve no chão. Na cidade de Nova York, o total de gelo no chão era de 30 centímetros.

[FOTO2] 

O serviço de monitoramento de voos FlightAware disse que as companhias aéreas cancelaram cerca de 7,6 mil voos entre sexta-feira e sábado. Na tarde de domingo, as companhias aéreas esperam retornar à atividade normal.

Jogos de basquete e concertos universitários também foram adiados. Bibliotecas públicas e zoológico de Nova York estão fechados.

[FOTO3]

O sistema de metrô de Washington paralisou completamente suas atividades na sexta-feira à noite e vai permanecer fechado até domingo. Em Nova York, cerca de mil trabalhadores foram mobilizados para manter o metrô em movimento.

Em Washington, Baltimore e Delaware, arquidioceses lembraram aos católicos que as condições de viagem são uma desculpa legítima para faltar a missa de domingo.

Relato de cearense em Nova York

O fotógrafo cearense Caio Ferreira contou ao O POVO como se preparou e está enfrentando a nevasca. Confira o relato abaixo:

"Tínhamos noção que poderia haver uma nevasca. Minha escola não deu certeza se realmente ocorreria. Mas ontem quando andava pela rua conhecidos e estranhos me paravam para perguntar se eu estava preparado para a nevasca. Foi aí que percebi que realmente aconteceria. A noite fomos ao supermercado. A neve começou a cair as 21pm e não parou mais.  Este é o segundo de dia neve neste ano. Este foi um dos poucos natais que não nevou em NY. Nos preparamos bem para este momento. Compramos com antecedência roupas de frio".

 

Relato de cearense em Whashington

A jornalista cearense Ines Lamkey comenta a tempesta em Whashington. Confira:

"Estamos tendo acúmulos de 1 a 2 polegadas por hora. Até agora temos 17 polegadas de neve acumulada. Nunca vi tanta neve nessa área (metropolitana de Washington DC) desde que cheguei aqui, já há 15 anos. Os avisos são para não sair de casa também por causa dos ventos fortes. Quando se juntam as condições atuais de neve e vento, sair de casa não é recomendável, pois o indivíduo pode ter o que eles chamam de "frostbite" (congelamento de extremidades do corpo, como por esmolo dedos e orelhas)".

Relato do presidente da CDL

O presidente da Federação da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Freitas Cordeiro, conta que foi aos Estados Unidos para participar de um evento de Varejo, o Big Show. A conferência tinha programação de quatro dias, mas tempestade Jonas no entanto atrapalhou os planos de volta para casa.

“Nosso voo, que seria no sábado, foi cancelado. Já tínhamos sido avisados com antecedência e estamos programados para voltar no domingo. Apesar de ser uma forte tempestade, eles acreditam que ela será concentrada só em um dia”, diz de Nova Iorque.

Freitas relata ainda que está hospedado no Times Square, onde a neve está alta e dificulta o trânsito de pedestres e carros. A sensação térmica, segundo ele, é de 11°C negativos.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente