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Djoko destroça Murray e fatura o hexa na Austrália

10:06 | Jan. 31, 2016
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Mais implacável do que nunca, o sérvio Novak Djokovic conquistou o Aberto da Austrália pela sexta vez da sua carreira, ao vencer com autoridade o britânico Andy Murray na final deste domingo, com parciais de 6-1 e 7-5, 7-6 (7/3).

O número um do mundo igualou o recorde de títulos do australiano Roy Emerson, hexacampeão em Melbourne na década de 60 (1961, 1963, 1964, 1965, 1966 e 1967), e garantiu seu 11º troféu em Grand Slams, o mesmo total dos lendários Rod Laver e Björn Borg.

'Djoko', que já havia levantado o troféu em 2008, 2011, 2012, 2013 e 2015, foi até contido na comemoração, mas fez questão de se ajoelhar para beijar a quadra Rod Laver, onde alcançou a glória mais uma vez. Já Murray, número dois do mundo, amargou o quinto vice-campeonato em Melbourne, depois de perder também as finais de 2010, 2011, 2013, 2015.

O vice-líder do ranking é um dos 'fregueses' preferidos de Djokovic, que tem 100% de aproveitamento em finais do Aberto da Austrália, sendo que quatro delas foram contra o britânico. "Andy é muito profissional, e muito comprometido com o esporte. Tenho certeza que ele terá outras oportunidades de brigar por este troféu. É um grande campeão, um grande amigo e uma grande pessoa", elogiou 'Nole'.

O sérvio disputou as finais dos últimos cinco 'Grand Slams', deixando escapar apenas o título de Roland Garros, ao ser derrotado pelo suíço Stanislas Wawrinka. Pelo nível de jogo que vem exibindo desde o início do ano, o número um do mundo pode almejar o 'Golden Slam', a conquista de todos os Grand Slams e da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio-2016.

Djoko era o grande favorito da final deste domingo, diante de um adversário que derrotou 11 vezes nos últimos 12 confrontos. O sérvio dominou as trocas de bola do fundo da quadra, defendeu de forma incrível e soube manter a frieza nos pontos mais importantes.

Depois de ser atropelado no primeiro set (6-1), Murray até tentou acelerar o jogo e subir mais na rede, mas não conseguiu conter o rolo compressor. Como vem acontecendo nos últimos duelos entre esses tenistas com estilos semelhantes, a final não proporcionou um grande espetáculo, e foi marcada por muitos erros não forçados (65 do britânico, 41 do sérvio).

Djokovic precisou salvar um 'break point' logo no primeiro game da partida, mas em seguida foi simplesmente arrasador, fechando a primeira parcial em apenas trinta minutos. Murray sofreu uma quebra no meio do segundo set, mas passou a jogar de forma mais ofensiva e conseguiu empatar em 5-5.

O britânico, porém, desmoronou totalmente no último game de serviço da parcial, ao sofrer depois de vencer por 40 a 0, deixando o sérvio fechar em seguida (7-5). O roteiro do terceiro set foi parecido. Djoko conseguiu uma quebra logo no início, Murray conseguiu reagir, forçando o tie-break, mas acabou vacilando na reta final, ao cometer duas duplas faltas.

"Ele marcou 24 pontos a mais do que eu na partida, e essa é exatamente a diferença de erros não forçados. Contra Novak, nunca é bom começar o jogo como eu fiz, mas estou orgulhado por ter voltado para a partida e criado algumas oportunidades", comentou o escocês.

Para vencer o número um do mundo, é preciso jogar um tênis perfeito, o que não foi o caso do britânico, que pode agora voltar para casa para acompanhar o nascimento do primeiro filho, prevista para o início de fevereiro. "Você foi uma lenda nas últimas duas semanas. Muito obrigado pelo seu appio, vou pegar o próximo voo para casa", disse o número dois do mundo depois da partida.

Murray viveu duas semanas conturbadas, já que, além de estar sempre de malas prontas caso a esposa entre em trabalho de parto mais cedo do que o esperado, o tenista viu o sogro passar mal na aquibancada, quando assistia à partida da sérvia Ana Ivanovic, da qual é o treinador.

AFP

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