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Atentado na Turquia deixa dezenas de mortos

11:35 | 10/10/2015
Manifestantes pró-curdos se reuniam em frente à estação central de Ancara quando duas explosões atingiram o local, matando ao menos 86 pessoas e deixando 186 feridos. Ataque ocorre a três semanas das eleições. Ao menos 86 pessoas morreram neste sábado (10/10) em Ancara, após duas explosões atingirem um grupo de manifestantes pró-curdos em frente à estação central da capital da Turquia. O governo considerou o incidente, a poucas semanas das eleições nacionais, como um ataque terrorista. Testemunhas contam que as explosões ocorreram num intervalo de poucos segundos, enquanto uma multidão se reunia para protestar contra o conflito entre as forcas de segurança e militantes curdos no sudeste do país. Até o momento, nenhuma organização reivindicou a autoria do ataque que deixou 186 feridos, segundo o Ministério turco da Saúde. Imagens divulgadas pela emissora CNN mostram jovens dançando de mãos dadas em frente à estação central, quando uma explosão atinge o local, que reunia um grande número de pessoas com faixas e cartazes da legenda pró-curda Partido Democrático dos Povos (HDP) e de grupos esquerdistas. As autoridades investigam alegações de que o atentado teria sido realizado por terroristas suicidas. O presidente Tayyip Erdogan condenou o atentado, afirmando, em comunicado, que os responsáveis serão levados à Justiça. "Não importa qual seja a fonte", todos os atos terroristas devem ser combatidos, disse, reiterando que "solidariedade e determinação são as respostas mais significativas ao terror". A Turquia está em alerta desde o início de sua "guerra sincronizada contra o terror", em julho. O país realiza ataques aéreos contra alvos da organização extremista "Estado Islâmico" (EI) na Síria e bases dos rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), no norte do Iraque. Os ataques ocorrem a três semanas das eleições nacionais convocadas por Erdogan. Sua legenda, o Partido pela Justiça e Desenvolvimento (AKP), tenta reconquistar a maioria parlamentar que assegurava desde 2002 até as eleições de junho. O fracasso do AKP foi atribuído, em parte, ao êxito eleitoral do HDP, cujo líder é acusado pelo presidente de associação com o PKK. O partido nega as acusações. Após o ataque, PKK convocou seus militantes a cessar as atividades de guerrilha na Turquia. Uma agência de notícias ligada ao grupo afirma que a decisão veio em razão de apelos de dentro e de fora do país, e que os combatentes deverão evitar ações que possam comprometer as eleições, marcadas para o dia 1º de novembro RC/rtr/dpa
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