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Papa telefona para refugiados iraquianos no Curdistão

"Irmãos, estou perto de vocês, de todo o coração. Deus os acaricia com sua ternura", disse
15:02 | Dez. 24, 2014
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O papa Francisco telefonou nesta quarta-feira, 24, para os refugiados iraquianos do campo de Ankawa, perto de Erbil, no Curdistão iraquiano, e lhes confessou que está preocupado com as crianças e os idosos.

"No meu coração estão [...] as crianças inocentes, as crianças mortas. Pensemos nessas crianças enquanto Jesus vem à nossa casa. Eu penso também nos avós, nos idosos que atravessaram a vida e agora sofrem com essa cruz", disse por telefone aos refugiados chegados no semestre passado de Mossul e de Nínive a esse campo, expulsos de suas casas pelo grupo Estado Islâmico (EI).

"Irmãos, estou perto de vocês, de todo o coração. Deus os acaricia com sua ternura", disse, de acordo com a agência de notícias italiana AGI. Na segunda-feira, Francisco dirigiu uma longa carta aos cristãos do Oriente, pedindo que "perseverem" apesar das das dificuldades.

Papa diz a cristãos do Oriente Médio que diálogo é o antídoto para extremismo
O papa Francisco afirmou aos cristãos do Oriente Médio que o diálogo é o único antídoto contra qualquer tipo de extremismo, segundo carta divulgada na terça-feira, 26, por ocasião do Natal.

No texto, enviado em sete idiomas, inclusive em árabe, o Papa pede aos cristãos que insistam no diálogo interreligioso, apesar de todas as dificuldades, já que "não existe outra alternativa". "O diálogo é o melhor antídoto contra as tentações do fundamentalismo religioso", afirma Francisco.

O papa também manifestou seu pensamento constante para com os que sofrem com a situação nessa região, "que se viu agravada pela atividade de uma recente e preocupante organização terrorista, de dimensões jamais vistas, e que comete todo tipo de abusos e práticas desumanas".

"Não podemos nos resignar com os conflitos como se não fosse possível uma mudança", destacou. "Vocês podem contribuir para que seus concidadãos muçulmanos apresentem com discernimento uma imagem mais autêntica do Islã, como desejam muitos deles". "O Islã é uma religião de paz e pode conviver com os cristãos", concluiu.

AFP

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