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Casal Obama revela experiências pessoais com discriminação racial

''O que nós tentamos explicar é que a história nem sempre se move na velocidade que nós gostaríamos, que ainda existem vestígios de escravidão'', disse Oabama
17:17 | Dez. 17, 2014
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Tipo Notícia

Barack e Michelle Obama contam suas experiências com o racismo em uma entrevista para a revista semanal de celebridades "People", publicada nesta quarta-feira, 17.

A primeira-dama relembrou um incidente na loja de departamento Target, onde teria sido confundida com uma vendedora.

Seu marido Barack contou que passou por situação parecida em um jantar de gala, quando acharam que ele era um dos garçons. Obama contou ainda que já foi confundido com o manobrista.

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"Não existe um homem negro da minha idade que não tenha esperado do lado de fora de um restaurante pelo seu carro sem que alguém o tenha entregue as próprias chaves", disse o presidente.

Michelle Obama acrescentou: "ele estava usando terno em um jantar de gala, quando alguém o pediu que pegasse café".

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As reflexões do casal foram feitas em um momento de debate nacional sobre o racismo e discriminação racial nos Estados Unidos, após uma série de mortes de homens negros desarmados pelas mãos de policiais brancos.

O presidente americano foi rápido em pôr suas próprias experiências no contexto de indignação sofrido por gerações anteriores e casos recentes.

"A pequena irritação que nós experimentamos não é nada comparado ao que gerações anteriores passaram", afirmou Obama.

"Ser confundido com um garçom em uma festa de gala é uma coisa. Confundirem meu filho com um ladrão e algemarem-no, ou coisa pior, enquanto ele anda na rua vestindo roupas que adolescentes usam, é uma história totalmente diferente", frisou.

Os Obamas afirmaram terem se engajado na discussão racial com suas filhas Sasha e Malia desde que elas eram pequenas.
"O que nós tentamos explicar é que a história nem sempre se move na velocidade que nós gostaríamos, que ainda existem vestígios de escravidão e Jim Crow", completou Obama, referindo-se a um momento histórico nos Estados Unidos de forte segregação racial.

"Embora as coisas tenham melhorado enormemente, esses preconceitos ainda existem", lamentou.

 

AFP

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