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Robô pousa com sucesso em cometa com missão que ajudará a entender a formação da vida na Terra

Ação ocorreu na tarde de quarta-feira, 12, e é evento inédito no mundo da ciência
16:44 | Nov. 12, 2014
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O módulo espacial Philae se desprendeu da sonda Rosetta nesta quarta-feira, 12, às 7h03, em direção ao cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Os procedimentos do robô aconteceram no tempo previsto, segundo a Agência Espacial Europeia (ESA), com a missão de estudo de materiais da formação do sistema solar, gases e gelo. A pesquisa ajudará a entender a formação dos planetas e surgimento da vida na Terra.

Controladores de voo em Darmstadt, na Alemanha, sede da ESA, esperaram cerca de sete horas de queda livre do equipamento robótico no local, que sofreu queda livre de 1 m/s. Além disso, há um tempo denominado por cientistas de "minutos de terror", composto de 28 minutos e 20 segundos, no qual haverá uma transmissão entre o sinal do Rosetta e a Terra.

Durante o procedimento, houve um problema no sistema de emissão de gás, e a equipe da ESA contava com os ganchos para manter o Rosetta preso no solo. "Temos indicações de que os ganchos não foram ativados, o que significaria que estamos pousados em material solto e que não estamos presos ao solo", declarou Stephan Ulamec, responsável pela missão de pouso do Philae.

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Os cientistas envolvidos na pesquisa esperam que instrumentos de medição possam desvendar alguns segregos sobre a composição dos cometas.

Mesmo com os problemas, a sonda foi fixada na superfície do cometa e ficará nos próximos meses para o estudo do corpo celeste. A ação ocorreu às 16h02 (horário da Alemanha), segundo o Centro de Operações da ESA. "Estamos no cometa", anunciou a agência.

A ESA afirmou que o equipamento poderia não ter se fixado adequadamente no solo do cometa, por problemas no funcionamento dos ganchos. A missão teria 50% de chances de fracasso.

O Philae tem 100 kg na Terra, mas no espaço seu peso não pesaria mais do que um grama. Segundo Stephan, a situação precisa ser analisada. "Não sabemos exatamente onde nem como nós pousamos" indicou Stephan.

Redação O POVO Online 

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