St. Louis enfrenta protestos sobre discriminação racial
Alguns queimaram a bandeira americana, enquanto outros rufaram tambores e gritaram "é com isso que a democracia se parece". Manifestantes também bateram nas laterais dos carros da polícia e quebraram vidros. Oito pessoas foram detidas - cinco por "reunião ilegal", duas por danos materiais e uma por posse de maconha - e um oficial foi ferido por um tijolo jogado por manifestantes, além de danos a uma empresa e a dois carros da polícia.
Segundo os pais de Myers, ele estaria desarmado e carregando um sanduíche quando levou os 17 tiros de um policial, que, por sua vez, afirmou ter contra-atacado os disparos de Myers, que estaria com uma arma roubada e agressivo. O nome do policial não foi divulgado.
"Esse caso aqui foi discriminação racial que se tornou fatal", afirmou a senadora democrata Jamilah Nasheed, em conferência na quinta-feira. No mesmo dia, centenas de pessoas fizeram uma vigília com velas para Myers e protestaram pela sua morte. Esse é segundo caso em dois meses em que a polícia é acusada de discriminação racial ao matar a tiros um jovem negro. O primeiro aconteceu em Ferguson, quando Michael Brown foi morto por um policial branco.
O clima de tensão aumenta à medida que são esperadas manifestações nos próximos quatro dias. Os eventos começam nesta sexta-feira, com protestos em larga escala e marchas em memória de Brown e Myers. Organizações de direitos civis se juntaram para organizar protestos até a segunda-feira, começando com uma manifestação em frente ao escritório do procurador-geral Bob McCulloch.
No caso de Michael Brown, o júri decidirá se o policial Darren Wilson enfrentará as acusações da morte do jovem. Organizadores afirmam que milhares de ativistas e manifestantes de todo o país devem comparecer a St. Louis para quatro dias de protestos e marchas contra discriminação racial e violência policial. Os eventos tomaram caráter de urgência diante da morte de Myers.
A mãe do jovem morto na quarta-feira, Syreeta Myers, afirmou que a "polícia mente" sobre seu filho estar armado. "Eles mentiram sobre Michael Brown, também", disse. Fonte: Associated Press.
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