ONU pede que ajuda ao ebola aumente 20 vezes
O presidente do Banco Mundial, Jim Yonk Kim, reforçou os pedidos da ONU para garantir que os profissionais de saúde infectados sejam tratados adequadamente. O objetivo é garantir que haja médicos e enfermeiros dispostos a trabalhar nas áreas mais afetadas pelo surto da doença. Kim também afirmou que mais hospitais e centros de saúde devem ser construídos rapidamente nesses países.
Ele afirmou que esta é a melhor maneira de conter o contágio do vírus. "Tentar bloquear as fronteiras e isolar esses países de alguma forma não vai funcionar", alertou às outras nações. A estimativa divulgada na quarta-feira pelo Banco Mundial é que o impacto regional da crise chegue a US$ 32,6 bilhões ao final de 2015.
A diretora do FMI, Christine Lagarde, disse que a instituição está disposta a fazer mais, afirmando que a crise do ebola é uma das raras ocasiões em que é bom para os países gastarem mais. Nenhuma das duas instituições informou detalhes sobre futuras ações.
Os presidentes de Serra Leoa, Libéria e Guiné, os três países mais atingidos pela epidemia de ebola, pediram nesta quinta-feira que o mundo envie mais dinheiro, médicos e leitos para ajudar a conter o surto da doença. O presidente da Guiné, Alpha Conde, pediu por dinheiro, suprimentos, medicamentos e treinamentos para profissionais de saúde. "Nossos países estão em uma situação muito frágil", afirmou.
O presidente de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, afirmou que a resposta mundial não acompanha o ritmo da disseminação do vírus, que ele classificou como "uma tragédia nunca vista nos últimos tempos" e uma ameaça a todos. Ele pediu o envio de mais 5.000 médicos, enfermeiros e profissionais de apoio além de mais 1.500 leitos para Serra Leoa.
O Banco Mundial doou US$ 400 milhões às três nações e o FMI forneceu US$ 130 milhões em financiamentos emergenciais. A ONU estima que os custos do surto da doença vão chegar a US$ 1 bilhão. A crise de ebola na África Ocidental deixou mais de 3.879 mortos e infectou mais de 8.033 pessoas.
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