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Manifestantes bloqueiam saídas de prédio do governo em Hong Kong

11:37 | Out. 02, 2014
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Ativistas exigem renúncia do chefe do Executivo e ficam em alerta após ver polícia descarregar caixas com balas de borracha e gás lacrimogêneo. Jornal oficial do Partido Comunista chinês elogia atuação da polícia local. Nesta quinta-feira (02/10), centenas de manifestantes bloquearam as saídas do gabinete do chefe do executivo de Hong Kong, Leung Chun-ying, apesar de a polícia alertar para sérias consequências caso prédios oficiais fossem ocupados. Os manifestantes exigem que Leung renuncie até a meia-noite e ameaçam intensificar os protestos. "O governo não pode continuar nos isolando. Viemos para tentar ver Leung a caminho do trabalho e exigir que ele fale conosco", disse o manifestante Matthew Liu. "Se ele não responder aos protestos, continuaremos nossa ocupação pacífica", afirmou a estudante Agnes Chow Ting. Os manifestantes, a maioria deles estudantes, agitaram-se e ficaram em estado de alerta depois que a polícia foi vista descarregando caixas de gás lacrimogêneo e balas de borracha nas imediações dos prédios do governo. "Quanto mais pessoas estiverem aqui, mais seguros estaremos", disse o manifestante Heiman Chan, contando que correu para o principal local de protestos depois de ter visto fotos das embalagens de balas de borracha no Facebook. "Não sairemos daqui. Se eles usarem gás lacrimogêneo, recuaremos e tomaremos uma nova área. Se usarem balas de borracha, teremos que correr um pouco mais rápido." O movimento pró-democracia, denominado coloquialmente de "revolução dos guarda-chuvas", completa nesta quinta-feira seu sexto dia consecutivo nas ruas, com a reivindicação por eleições sem restrições. Em agosto, o governo chinês anunciou que teria direito de vetar candidatos no próximo pleito da região administrativa especial, marcado para 2017. O jornal oficial do Partido Comunista da China trouxe em sua edição desta quinta-feira um editorial reforçando o apoio a Leung. "O governo central tem confiança total no chefe do Executivo Leung Chun-ying e está completamente satisfeito com seu trabalho", afirmou o People's Daily considerado a voz do governo chinês. O texto, publicado na primeira página, destaca também o apoio à polícia de Hong Kong, criticada por ter usado gás lacrimogêneo e spray de pimenta para dispersar manifestantes no último fim de semana. Segundo o jornal, esta foi a maneira adequada de "lidar com atividades ilegais". Os protestos são os mais graves em Hong Kong desde que a China reassumiu seu governo em 1997. LPF/afp/dpa/ap

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