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Extremistas ligados ao EI ameaçam matar refém francês

19:37 | Set. 22, 2014
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França confirma autenticidade de vídeo que mostra turista sequestrado e ameaçado de morte por grupo aliado ao "Estado Islâmico" em represália a ataques no Iraque. Pouco antes, EI pedira assassinato de infiéis ocidentais. O ministro do Exterior francês, Laurent Fabius, confirmou a autenticidade de um vídeo que mostra um turista francês sequestrado na Argélia. As imagens foram divulgadas nesta segunda-feira (22/09) pelo grupo extremista Jund al-Khilafah, que se diz aliado do "Estado Islâmico" (EI). "Confirmamos a autenticidade do vídeo mostrando imagens do refém francês Herve Gourdel, sequestrado na Argélia, na região de Tizi Ozou, neste domingo", disse Fabius num comunicado. "As ameaças feitas por esse grupo terrorista mostram, mais uma vez, a crueldade extrema do EI e daqueles que se dizem afiliados a ele." O grupo baseado na Argélia disse que mataria Gourdel dentro de 24 horas caso a França não interrompesse sua intervenção militar no Iraque. A França realizou o primeiro ataque aéreo contra um alvo do EI no Iraque na última sexta-feira, ao se aliar aos EUA na investida contra os jihadistas. Gourdel, de 55 anos, foi sequestrado enquanto caminhava na região montanhosa da Argélia a cerca de 110 quilômetros da capital Argel. Ele estava com dois amigos, que foram liberados e acionaram as autoridades. No vídeo, Gourdel pede ajuda ao presidente francês, François Hollande. Ao seu lado, veem-se dois homens mascarados e armados. A França disse estar fazendo de tudo para encontrar o turista e já ter estabelecido contato com as autoridades argelinas. Antes da divulgação do vídeo, o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, havia dito que "a França não tem medo" das ameaças dos jihadistas. De acordo com o ministro, o país sempre soube lidar com tais ameaças e continuaria a tomar todas as medidas necessárias para garantir a segurança dos franceses. "Mesmo que não haja um 'risco zero', temos 100% de cautela", disse Cazeneuve. Contra coalizão internacional Também nesta segunda-feira, o EI havia pedido a seus apoiadores que matassem cidadãos de todos os Estados que aderiram à coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos contra o grupo jihadista. "Se você puder matar um infiel americano, europeu especialmente os franceses imundos , um australiano ou um canadense, ou qualquer cidadão de países que entraram na coalizão contra o 'Estado Islâmico', então confie em Alá e o mate", diz um comunicado postado na internet e assinado pelo porta-voz do EI, Abu Mohammed al-Adnani. O porta-voz disse explicitamente que os alvos dos ataques não são apenas soldados, mas também civis. A declaração em árabe acompanhada de traduções em inglês, francês e hebraico aparentemente se refere mais a ações individuais e menos a ataques que requeiram um alto grau de organização. Para tal, Al-Adnani citou diversas formas de assassinato, como facadas, espancamento, atropelamento ou até um empurrão de lugares altos. "Encham as estradas de explosivos. Ataquem suas bases. Invadam suas casas. Cortem suas cabeças. Não deixem que se sintam seguros", diz o comunicado. Imigração de terroristas Em Berlim, uma unidade especial da polícia prendeu um suposto membro do EI nesta segunda-feira. De acordo com o Ministério Público, trata-se de um homem de 30 anos com passaporte turco e residência na Alemanha. Ele teria recebido treinamento com armas na Síria, até agosto, e teria participado de combates com os extremistas. O homem é acusado de planejar um grave ato de violência. Na semana passada, começou em Frankfurt o primeiro julgamento contra um membro do EI na Alemanha. De olho na imigração de terroristas, os Estados Unidos pretendem adotar uma resolução no Conselho de Segurança da ONU, segundo o jornal The New York Times. A resolução determinaria que todos os países adotassem leis que permitissem processar criminalmente aqueles que se juntam a grupos terroristas estrangeiros. A resolução proposta por Washington exigira ainda que os países proibissem a entrada e saída de supostos terroristas estrangeiros. O presidente dos EUA, Barack Obama, presidirá uma reunião especial do Conselho de Segurança ainda esta semana, na qual a resolução deverá ser adotada. PV/afp/dpa/rtr/ap

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