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Buraco na camada de ozônio será completamente revertido até 2050

A concentração dos gases nocivos está caindo 1% a cada ano, e a projeção é que até 2050 a camada retorne para os níveis de 1980
12:22 | Set. 11, 2014
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De acordo com uma publicação da ONU, divulgada nesta quarta-feira, 10, a camada de ozônio vai estar completamente reconstituída em 2050. As informações são do portal Estadão.

A novidade é que a camada que protege a atmosfera caminha para a recuperação depois de décadas convivendo com a evolução do problema. A concentração dos gases nocivos está caindo 1% a cada ano, e a projeção é que até 2050 a camada retorne para os níveis de 1980.

O cenário indica que 2 milhões de casos de câncer de pele poderão ser evitados até 2030.

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Mais de 300 cientistas, entre eles brasileiros, trabalharam durante quatro anos na realização do estudo que revela a descoberta. No informe de 2010, não havia qualquer sinal de melhoria na camada de ozônio.

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Ainda segundo informações do portal Estadão, os cientistas ressaltam que esse resultado só foi possível com uma cooperação internacional. A aplicação do Protocolo de Montreal, em 1987, estabelecendo regras para usos de produtos como aerossóis e geladeiras, que emitem CFC, foi decisiva para estabilizar a perda da camada a partir do ano 2000.

As mudanças não devem causar impacto no clima do Hemisfério Sul por uma boa parte dos anos, já que a concentração das substâncias na atmosfera ainda é grande. Os cientistas revelam que o buraco sobre a Antártica deve começar a diminuir apenas a partir de 2020.

De acordo com informações do portal Estadão, o Hemisfério Sul sofreu importantes mudanças no clima com o aumento do buraco da camada de ozônio. A Península Antártica é o local com a elevação de temperatura mais rápida no mundo.

HFC

A publicação traz ainda um alerta sobre os produtos utilizados como substitutos dos gases proibidos. Alguns emitem HFC, que também contribuem para o aquecimento da camada de ozônio.
A recomendação é que o produto seja abandonado, já que os dados do estudo mostram que o ritmo de expansão do gás nocivo é de 7% ao ano.

Depois do ano 2050, o futuro da camada de ozônio ainda vai depender da concentração de CO2 e metano, que continuam aumentando.

A função da camada de ozônio é proteger a terra dos raios ultra-violetas emitidos pelo sol. Com a emissão dos gases nocivos, a camada estava perdendo força e formando buracos que chegaram a ter o tamanho de continentes.

O estudo publicado pela ONU pode ajudar nas negociações para o acordo climático, marcadas para o dia 23 de setembro deste ano, em Nova York.

Redação O Povo Online

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