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Queda de avião desencadeia troca de acusações entre Kiev e Moscou

18:41 | Jul. 17, 2014
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Ucrânia acusa "terroristas" apoiados pelo Kremlin de derrubarem deliberadamente na fronteira Boeing 777 com quase 300 pessoas a bordo. Putin diz que responsabilidade pela tragédia é do país onde ela aconteceu. Um Boeing 777 da Malaysia Airlines, com 295 pessoas a bordo, caiu nesta quinta-feira (17/07) no extremo leste da Ucrânia, num campo aberto a menos de 50 quilômetros da fronteira com a Rússia. A causa mais provável para a queda a de que o avião foi abatido no ar por um míssil gerou troca de acusações entre Kiev e Moscou e aprofundou a crise na região. O governo ucraniano responsabilizou "terroristas" em referência aos separatistas pró-Rússia que atuam na região pela queda da aeronave, que decolou de Amsterdã com destino a Kuala Lampur. Segundo Kiev, a aeronave foi derrubada por um míssil terra-ar pesado, da era soviética e fornecido por Moscou. "O presidente Petro Poroshenko acreidta que esse avião foi abatido: não é um incidente, não é uma catástrofe, mas um ato terrorista" disse Svatoslav Tsegolko, porta-voz da Presidência ucraniana. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, atribuiu a Kiev responsabilidade pela tragédia, que de acordo com ele poderia ter sido evitada se o Exército ucraniano não tivesse levado adiante a operação contra separatistas russos no leste do país. "Sem qualquer dúvida, o governo do território onde isso aconteceu tem responsabilidade pela tragédia", afirmou Putin. "Isso é completamente inaceitável. Faremos de tudo para que uma imagem precisa do que aconteceu seja alcançada." Rebeldes negam envolvimento Líderes dos rebeldes da autodenominada República Popular de Donetsk negaram qualquer envolvimento. Porém, na mesma hora da queda, um de seus comandantes militares comemorou nas redes sociais que suas forças derrubaram um avião cargueiro ucraniano o que sugere que o Boeing possa ter sido derrubado por engano. O voo levava 280 passageiros e 15 tripulantes, e não há sinais de que tenha havido sobreviventes. Com a nacionalidade de quase 50 ainda a ser confirmada, sabe-se que estavam a bordo pelo menos 154 holandeses, 27 australianos, 23 malaios, 11 indonésios, seis britânicos, quatro alemães, quatro belgas, três filipinos e um canadense. A grande quantidade de estrangeiros a bordo pode resultar no aumento de pressão para a solução de um conflito iniciado em fevereiro, com a queda do presidente ucraniano apoiado pelo Kremlin, e acirrada um mês depois com a anexação da Crimeia pela Rússia. O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, afirmou que o voo da Malaysia Airlines a mesma companhia do avião que desapareceu em março e até hoje não foi encontrado não realizou nenhum pedido de socorro antes de cair no leste da Ucrânia. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu uma investigação internacional para identificar as causas do desastre com o voo MH17: "Há a necessidade clara de uma investigação internacional completa e transparente." RPR/ ap/ rpr/ afp

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