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Com homenagens, Holanda recebe corpos de vítimas do voo MH17

14:28 | Jul. 23, 2014
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Chegada a aeroporto é acompanhada pelo rei e a rainha e tem honras militares. País faz um minuto de silêncio paras as vítimas, e carreata com os caixões é vista por dezenas de milhares de pessoas. Quase uma semana após a queda do Boeing 777 da Malaysia Airlines na Ucrânia, os primeiros corpos das vítimas chegaram à Holanda nesta quarta-feira (23/07) e foram recebidos pelo rei Willem-Alexander, pela rainha Máxima Zorreguieta e pelo primeiro-ministro Mark Rutte. Um minuto de silêncio foi feito em todo o país para homenagear os mortos. Dois aviões, trazendo 40 caixões a bordo, decolaram pela manhã de Carcóvia, na Ucrânia, e pousaram em Eindhoven. Mais de 1.300 pessoas, entre políticos, parentes das vítimas e representantes dos países dos passageiros do voo MH17, esperavam as aeronaves, que foram recebidas com honras militares. Trens e ônibus pararam por um minuto no país inteiro, assim como funcionários de lojas e supermercados. O espaço aéreo holandês ficou fechado por 15 minutos. Por esse período, nenhum avião decolou ou pousou no aeroporto de Schiphol, de onde o Boeing 777 partiu com destino a Kuala Lumpur na última quinta-feira. Em seguida, sinos de igrejas em toda a Holanda tocaram quando as aeronaves que traziam os corpos tocaram a pista de pouso. Bandeiras dos 11 países que perderam cidadãos no desastre foram hasteadas no aeroporto. Soldados transportaram os caixões das aeronaves para os carros fúnebres, que, em carreata e observador por dezenas de milhares de pessoas ao longo do trajeto, seguiram para a base militar em Hilversum. O processo de identificação dos corpos, que contará com 75 legistas, pode durar meses. A bordo do voo MH17, que foi abatido quando sobrevoava a área controlada por separatistas na Ucrânia, estavam 298 pessoas, entre elas 193 holandeses, 43 malaios, 28 australianos, além de dez britânicos e cidadãos de outras nacionalidades. Investigações Até sexta-feira, todos os corpos recuperados devem ser trazidos para Holanda, segundo o governo holandês. Ainda não se sabe exatamente quantos mortos estão no local da tragédia. Na terça-feira, um trem com cinco vagões refrigerados chegou à Carcóvia com 200 corpos. "Ainda é possível que muitos corpos estejam lá, a céu aberto no verão europeu, sujeitos a interferências e a estragos causados pelo calor e animais", afirmou o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott. Observadores internacionais afirmam que diversos restos mortais foram deixados no local do acidente. O governo ucraniano propôs que países que perderam cidadãos no acidente enviem policiais para proteger o local da tragédia e evitar manipulações. O chanceler holandês, Frans Timmermans, e a chanceler australiana, Julie Bishop, viajarão juntos para a Ucrânia na quinta-feira para negociar a volta dos corpos e a investigação sobre o acidente. Autoridades holandesas estão conduzindo as investigações, que conta com a participação de outros países, como a Rússia. Caixas-pretas Após a intensa pressão internacional, os rebeldes na Ucrânia entregaram as caixas-pretas do avião para autoridades malaias. Elas foram enviadas na quarta-feira para o Reino Unido, onde serão analisadas. Especialistas holandeses já afirmaram que não encontraram evidências de que elas foram manipuladas. Os primeiros resultados devem ser divulgados na próxima semana. Mas a análise completa do material pode levar semanas. A agência de investigação de acidentes aéreos do Reino Unido, que vai analisar o conteúdo das caixas-pretas, já iniciou o download das informações. O processo deve levar 24 horas para cada uma das caixas. CN/rtr/dpa/afp

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