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Alemanha e outros países aconselham cidadãos a deixarem a Líbia

11:49 | Jul. 27, 2014
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Choques entre milícias tornam situação extremamente perigosa para estrangeiros no país. Berlim aponta risco elevado de sequestros. EUA já evacuaram sua embaixada em Trípoli. Um dia depois de os Estados Unidos esvaziarem sua embaixada na capital Trípoli, o Ministério alemão do Exterior convocou neste domingo (27/07) todos os seus cidadãos a deixarem imediatamente a Líbia. Devido aos combates violentos entre milícias rivais, a situação no país africano é extremamente tumultuada e insegura, alerta o ministério alemão em seu site na Internet. Por todo o território líbio, mas em especial na área das cidades de Bengazi e Derna, estrangeiros correm grande perigo de sofrer sequestros, justifica o órgão, também desaconselhando alemães a fazer novas viagens ao país. "Risco muito real" para americanos No sábado, os EUA evacuaram sua embaixada em Trípoli, levando os funcionários para a Tunísia. Representações de outros países, como a Turquia, também suspenderam seus serviços diplomáticos na Líbia, e a Organização das Nações Unidas retirou seu pessoal da capital. A embaixada alemã ainda prossegue em funcionamento. O secretário de Estado John Kerry declarou haver "risco muito real" para o pessoal diplomático americano, já que as milícias têm praticamente "espaço irrestrito" para suas ações na capital líbia. Assim como Berlim, Washington instou todos os seus cidadãos a "abandonarem imediatamente" a Líbia. Em 11 de setembro de 2012, o então embaixador dos EUA Christopher Stevens e três outros diplomatas foram mortos durante um ataque ao consulado americano na metrópole portuária Bengazi. Disputa de poder entre milícias Segundo as autoridades, cerca de 50 pessoas já foram mortas nos combates em Trípoli. A mídia local afirma que, apenas neste domingo, 23 egípcios morreram na explosão de um míssil. Pelo menos 36 pessoas perderam a vida em confrontos em Bengazi. A insegurança vem paralisando a vida da população da capital líbia. Bancos e postos de gasolina estão fechados e cortes de energia são cada vez mais frequentes. Diante dos acontecimentos mais recentes, o governo líbio alertou contra um "esfacelamento do Estado". Os choques armados entre milícias rivais líbias iniciaram-se duas semanas atrás, na região do aeroporto, no sul de Trípoli, onde também se localiza a embaixada dos EUA. Desde então, o aeroporto suspendeu seu funcionamento. Os combatentes empregam mísseis e artilharia, numa luta cuja motivação não está plenamente esclarecida. Observadores políticos líbios a atribuem a uma disputa por poder e influência entre liberais e fundamentalistas islâmicos, após as eleições legislativas de 25 de junho último. Apesar de os resultados ainda não terem sido divulgados, espera-se um enfraquecimento dos islamistas e o fortalecimento das forças liberais. AV/afp/rtr/dpa

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