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Militares do Paquistão matam mais de 80 extremistas em ataque aéreo

11:26 | Jun. 15, 2014
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Segundo autoridades, os bombardeios contra supostas posições de insurgentes no noroeste do Paquistão alvejou militantes envolvidos no assalto contra o aeroporto de Karachi, há uma semana, e que deixou quase 40 mortos. Pelo menos 80 extremistas foram mortos neste domingo (15/06) em ataques aéreos contra supostas posições de insurgentes no noroeste do Paquistão, segundo as autoridades do país. Dois representantes das forças de segurança locais afirmaram que o número de mortos poderia girar por volta de 150. Os militares informaram que os rebeldes atingidos estiveram envolvidos no ataque ao aeroporto da cidade de Karachi, realizado há quase uma semana e que deixou quase 40 mortos. As investidas aéreas foram realizadas, de acordo com os militares, nos arredores de Miranshah, capital da região do Waziristão do Norte. Muitos dos combatentes mortos eram provenientes do Uzbequistão. De acordo com os órgãos de segurança, vários esconderijos de talibãs e de outros grupos extremistas foram destruídos. Segundo o Exército, também foi atingido um depósito de munição. Entre os mortos estava, conforme os militares, Abdul Rehman, um importante comandante uzbeque. Ele estaria diretamente envolvido no planejamento do ataque ao aeroporto de Karachi. Reduto de extremistas As áreas tribais semiautônomas ao longo da fronteira com o Afeganistão são consideradas reduto da rede terrorista Al Qaeda e de outros grupos islâmicos, como o Talibã. Bombardeios de drones norte-americanos no Waziristão do Norte, no meio desta semana, já haviam matado 16 supostos extremistas. Ao mesmo tempo, as forças paquistanesas também já haviam alvejado alvos múltiplos na região, matando pelo menos 25 supostos insurgentes na ocasião. O Exército paquistanês tem estado sob pressão desde o ataque ao aeroporto de Karachi, realizado há uma semana e assumido pelo grupo Tehrik-e-Talibã Paquistão (TTP), movimento dos talibãs paquistaneses que desde 2007 trava, junto a outros grupos islâmicos, uma sangrenta guerra contra o governo de Islamabad. O assalto em Karachi matou 38 pessoas e teria sido realizado com ajuda de extremistas do Movimento Islâmico do Uzbequistão. Guerrilheiros deste agrupamento teriam se estabelecido desde 2001 no Paquistão, após terem sido expulsos do Afeganistão pela intervenção internacional no país. No começo de março, os talibãs paquistaneses declararam um cessar-fogo para facilitar as negociações de paz com o governo em Islamabad. Um pouco mais tarde, entretanto, eles a suspenderam. Desde então, aumentaram os ataques dos talibãs e incursões do Exército sobre as posições dos extremistas. MD/afp/dpa/rtr

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