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Um dia após golpe, militares proíbem saída de líderes políticos da Tailândia

07:58 | Mai. 23, 2014
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Um total de 155 lideranças e militantes, contra e pró-governo, não poderá sair do país sem autorização. Comandante do Exército assume função de chefe de governo e reúne-se com ex-premiê Yingluck Shinawatra. Um dia depois de assumir o poder na Tailândia através de um golpe de Estado, o Exército impôs uma proibição de viagem contra a ex-primeira-ministra Yingluck Shinawatra e mais de uma centena de lideranças políticas nesta sexta-feira (23/05). Um total de 155 políticos e ativistas, contra e pró-governo, não poderá, por enquanto, sair do país sem autorização, anunciou um porta-voz militar na televisão, afirmando que o objetivo da medida é "manter a paz e a ordem". O comandante do Exército do país, Prayuth Chan-ocha, também convocou Yingluck para uma reunião. Destituída no começo de maio, a ex-primeira-ministra compareceu nesta sexta-feira a uma base militar em Bangcoc, ao lado de 22 aliados, incluindo parentes e ministros de seu gabinete deposto. O general Prayuth assumiu a função de chefe de governo. "Enquanto não tivermos outro primeiro-ministro, o presidente do Conselho Nacional para Manutenção da Paz e da Ordem assume a responsabilidade de governar", comunicaram os militares. Também está previsto para esta sexta-feira um encontro entre Prayuth e o rei Bhumibol Adulyadej. Na quinta-feira, a liderança militar depôs o governo e suspendeu a Constituição. Soldados detiveram várias lideranças de ambos os grupos rivais, militantes e políticos contra e pró-governo. Situação tranquila nas ruas Nas ruas de Bangcoc, a situação era tranquila após uma noite em que foi decretado toque de recolher. Devido ao fechamento das escolas e universidades, havia menos pessoas nas ruas do que o habitual na manhã desta sexta-feira. Não havia tanques nas ruas, e alguns poucos soldados podiam ser vistos em frente a prédios importantes. O país está mergulhado numa crise política há sete meses, provocada por críticas ao governo de Yingluck, irmã do ex-premiê Thaksin Shinawatra, deposto em 2006 pelo Exército. Protestos em massa iniciados em novembro deixaram 28 mortos e centenas de feridos. Yingluck foi destituída pelo Tribunal Constitucional, que a julgou culpada de abuso de poder. Antes disso, Yingluck havia determinado a dissolução do Parlamento e a realização de eleições antecipadas, as quais foram posteriormente anuladas pela Justiça. MD/afp/dpa/rtr

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