Japão e China se acusam após manobras aéreas
O ministro da Defesa do Japão, Itsunori Onodera, disse que o primeiro encontro ocorreu por volta das 11h da manhã de sábado entre um jato Su-27 chinês e um avião de vigilância japonês OP-3C. As duas aeronaves teriam ficado a 50 metros de distância. Uma hora depois, o Su-27 se aproximou de um avião YS-11EB da força aérea japonesa e ficou a 30 metros de distância, disse o ministro.
Ambos os encontros ocorreram em águas internacionais, numa área a qual os dois países haviam estabelecido como de defesa aérea, informou Onodera. Ele acusou Pequim de agir de forma "bizarra" e disse que considera tal postura "perigosa", acrescentando que havia risco de acidentes.
O Ministério de Defesa da China confirmou que acionou jatos militares no sábado, mas disse que os japoneses eram os culpados por estarem operando perto de exercícios militares que a China estaria desenvolvendo com a Rússia. Em uma declaração, o ministério disse que a aeronave chinesa realizou os procedimentos corretos de identificação e medidas de controle, mas não elaborou.
"A aeronave militar japonesa invadiu o espaço dos exercícios sem permissão e realizou ações perigosas, em séria violação das leis e padrões internacionais", disseram os chineses em nota. O ministério disse que a China havia notificado previamente a realização do exercício.
Analistas militares expressaram preocupação de que um incidente violento entre aviões chineses e japoneses ou entre navios na região poderiam dar início a um conflito mais amplo. Onodera afirmou que o avião de vigilância japonês nunca havia sido abordado de maneira tão próxima por um jato chinês e disse que a tripulação japonesa reportou que os chineses estavam voado com mísseis. Fonte: Dow Jones Newswires.
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