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Forte esquema de segurança não impede protestos na Turquia

14:39 | Mai. 31, 2014
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No aniversário de um ano dos protestos no Parque Gezi, em Istambul, primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan coloca 25 mil policiais nas ruas na tentativa de intimidar manifestantes. Esquema não evita confrontos. Milhares de manifestantes foram às ruas de Istambul e de Ancara neste sábado (31/05) para lembrar um ano dos protestos realizados no Parque Gezi que marcaram uma onda de movimentos em todo o país contrários ao governo do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan. Em Istambul, manifestantes não se intimidaram com 25 mil policiais e 50 canhões d'água posicionados nas proximidades da Praça Taksim, palco dos protestos de um ano atrás. Assim que os manifestantes começaram a se reunir em Istambul, forças de segurança turca avançaram com gás lacrimogêneo e canhões d'água. Houve confronto. Policiais cercaram grupos de manifestantes para impedi-los de se movimentar. O premiê turco havia advertido os manifestantes que não se aproximassem da Praça Taksim, nos arredores do Parque Gezi. Erdogan afirmou que as forças de segurança fariam tudo para impedir os protestos no local, e que centenas de policiais à paisana também estariam patrulhando a rua comercial Istiklal, bastante popular entre os turistas e que conduz à Praça Taksim bloqueada logo no início da tarde do sábado. Por volta de meio-dia, balsas no Estreito de Bósforo foram proibidas de transportar passageiros da parte asiática para o lado europeu de Istambul, onde se localiza a Praça Taksim. A estação de metrô na praça também foi fechada. Já na última sexta-feira, o primeiro-ministro turco criticara a convocação de protestos pelos manifestantes. Um ano após os protestos na Turquia, os manifestantes querem trazer ao país "novos mortos, nova dor", disse Erdogan, segundo a agência de notícias Anadolu. Um ano de protestos Em 31 de maio de 2013, a polícia turca avançou violentamente contra ativistas ambientais, que pretendiam evitar a ocupação de uma área verde no centro da cidade, através de uma greve de fome de vários dias. Irritados com o procedimento das forças de segurança, dezenas de milhares de cidadãos adentraram o Parque Gezi e ocuparam a vizinha Praça Taksim por duas semanas, até serem evacuados pelas autoridades. Os tumultos provocaram a morte de pelo menos sete pessoas, entre elas, um policial. Muitos acusam Erdogan de autoritarismo em seus dez anos de governo. CA/dpa/rtr

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